Com o título “Até onde vai o sadismo do Nero de Wall Street?”, eis o título da coluna “Fora das 4 Linhas”, desta quinta-feira, assinada pelo jornalista Luiz Henrique Campos. Ele aborda o Governo Trump que ” tem sido repugnante esses primeiros meses de mandato, humilhando pessoas, ameaçando nações soberanas, impondo tarifas econômicas na intenção de subjugar outras economias ao poderio americano”, expõe o articulista.
Confira:
O termo sadismo, cunhado pelo Marquês de Sade (1740-1814), francês conhecido por sua libertinagem e por escrever obras de forte cunho sexual, se refere ao indivíduo que sente prazer a partir do sofrimento alheio, sensação esta que pode se dá ativamente ao proporcionar o sofrimento, ou o presenciando em outros. A obtenção do prazer, portanto, é caracterizada pela morbidez de alguém cuja personalidade é excessivamente má ou cruel.
São marcas do sádico, entre outras, o interesse obsessivo por assuntos ligados a armas, atos de violência ou de tortura; dominar e submeter outras pessoas a sua vontade; facilidade para humilhar outras pessoas; e comportamento agressivo e violento com animais. Não precisa ser expert no tema, para entender que em apenas três meses à frente dos destinos da maior economia do mundo, essas características se enquadram perfeitamente no Nero de Wall Street, até mesmo quanto a questão do cunho da perversão sexual, pois foi considerado culpado por um júri de Nova York, da acusação de abuso sexual e difamação contra a escritora americana Elizaberh Jean Carroll.
No campo político, tem sido repugnante esses primeiros meses de mandato, humilhando pessoas, ameaçando nações soberanas, impondo tarifas econômicas na intenção de subjugar outras economias ao poderio americano. O reflexo de tudo isso todos estamos vendo, com bilionários vendo seus ativos sendo queimados nas bolsas e pessoas comuns perdendo empregos e padrão de vida. Enquanto isso, dá sua cadeira, o Nero pós moderno ri da situação e diz que está tudo lindo e maravilhoso.
O reflexo das maldades do sádico que se acha xerife do mundo, só produziu de fato, até agora, crueldade e medo de um lado e regozijo naqueles que se satisfazem com suas diatribes. No Brasil, já vimos o resultado de sádicos no poder, seja através da referência a coveiros, balões de oxigênio, a defesa da morte de autoridades públicas ou até mesmo entre aliados, como o recente caso de uma deputada federal que foi largada aos tubarões por não servir mais aos interesses de quem sempre defendeu. Felizmente, o comportamento sádico pode ser tratado, mas para isso, é preciso que a pessoa se permita, o que talvez, infelizmente, seja o grande empecilho para minorar esse problema.
*Luiz Henrique Campos
Jornalista e ttiular da coluna “Fora das 4 Linhas”.