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Bandidagem se entranhou nas esferas da justiça, da polícia e da política, aponta Ciro Gomes

Ciro Gomes é ex-governador do Ceará e ex-ministro. Foto: Paulo MOska

Para o ex-governador do Ceará e ex-ministro Ciro Gomes, o desfecho do Caso Marielle, quando um deputado federal, um conselheiro de tribunal e um delegado de Polícia Civil foram presos nesse domingo (24), acusados de planejar o assassinato da vereadora do Rio de Janeiro, que também resultou na morte do motorista Anderson Gomes, é uma consequência da presença de criminosos nas esferas da Justiça, da Polícia e da Política.

“O grave, o gravíssimo de tudo isso é aquilo que está acontecendo no Brasil inteiro. O entranhamento absoluto do crime, da bandidagem, no mundo policial, no mundo judicial e no mundo político. Isso eu estou tentando advertir há muito tempo”, apontou Ciro, em entrevista ao Blogdoeliomar, nesta segunda-feira (25), ao criticar que não haveria renovação institucional no país.

“Fortaleza está dominada pelas facções criminosas”, ressaltou Ciro, que disse ainda que o então governador Camilo Santana teria feito um acordo nos presídios para separar faccionados dos inimigos.

“Poderia até ter sido um ato de boa fé, mas foi um erro grosseiro. Acabou a mortandade nos presídios, mas agora a mortandade está no meio da rua”, observou.

Sobre o Caso Marielle, Ciro destacou que a impunidade não foi o prêmio no assassinato da vereadora e de seu motorista.

“(São) elementos absolutamente graves, mostrando nada mais e nada menos que o chefe de polícia, nomeado pelo então interventor federal, o general da ativa Braga Netto, é (o delegado Rivaldo Barbosa) um dos responsáveis pelo planejamento e pela execução desse assassinato bárbaro”, comentou Ciro.

Embora aponte uma “conexão geral de todos com todos”, Ciro não acredita no envolvimento do ex-presidente Jair Bolsonaro.

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