Em meio ao julgamento na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), que poderá tornar réu o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete denunciados, denunciados pela Advocacia-Geral da União por trama golpista, Bolsonaro usou as redes sociais, nesta terça-feira (25), para convocar ato político, dia 6 de abril, na Avenida Paulista, em São Paulo, pela anistia às pessoas denunciadas e presas pelo 8 de janeiro.
“Em 98, o sindicalista Lula da Silva procurou o então presidente FHC, quando pediu pela libertação dos sequestradores de Abílio Diniz (presos há então 11 anos). (Lula) disse a FHC que ele teria a oportunidade de passar para a história como um grande democrata. Caso contrário, poderia ser lembrado como um ex-presidente que permitiu que 10 jovens que cometeram apenas um erro morressem na cadeia”, apontou Bolsonaro, ao ressaltar que os presos estariam em greve de fome e que teriam sido libertados.
“Lula da Silva, hoje você é o presidente. E já termos a morte de um inocente, o Clezão (infarto na prisão). E mais de uma centena de presos e refugiados. Depois de Alexandre de Moraes, o ministro Dino dá o segundo voto para condenar a 14 anos de cadeia a senhora Débora, profissional da área de beleza, mãe de Caio, de 10 anos, e Rafael, de 7. Todos os refugiados e condenados, até agora, são acusados de integrar uma associação criminosa armada, num falso golpe. Sem tropa, sem liderança e sem armas”, comentou Bolsonaro, ao destacar que o ato de 6 de abril será pela anistia humanitária.