Neste domingo, na Avenida Paulista, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltará às ruas para um ato em favor da anistia aos presos e condenados pelos atos extremistas de 8 de janeiro de 2023. Três semanas depois da manifestação realizada no Rio de Janeiro, desta vez o protesto acontecerá em São Paulo, a partir das 14 horas.
O protesto deve contar com a presença de lideranças da oposição no Congresso, como o deputado Luciano Zucco (PL-RS) e o senador Rogério Marinho (PL-RN), além do líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ).
Também devem comparecer governadores aliados do ex-presidente, como Cláudio Castro (PL-RJ), Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e Wilson Lima (União-AM).
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, por exemplo, publicou um vídeo nas redes sociais, ao lado de parlamentares e filiadas ao PL, convocando mulheres a irem ao ato na Paulista com um batom. Na gravação, elas usam camisetas brancas com os dizeres “Anistia, já”, escritos com batom vermelho. O advogado de Débora, Helio Júnior, confirmou ao R7 que vai à manifestação.
Por celeridade
A ideia é que o ato dê celeridade à tramitação do projeto da anistia. A oposição defende que há injustiças e excessos nas prisões e condenações. Segundo o ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito do 8 de Janeiro, houve 497 ações penais com condenações, com 240 pessoas recebendo penas de até 1 ano de prisão, revertidas em medidas restritivas de direitos. As penas a partir de 14 anos atingiram 205 condenados até o momento.
O PL, de Bolsonaro, pede que o texto seja levado diretamente ao plenário da Casa por meio de um requerimento de urgência. O partido pede o apoio de parlamentares para apresentar o requerimento, e ao menos 173 deputados assinaram o documento — são necessárias pelo menos 257 assinaturas. O PL precisa da vontade política do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para pautar a urgência e, posteriormente, o mérito do projeto.
(Com Agências e R7)