Confira a Coluna “Bom de Bola”, com o jornalista e radialista Ivan Bezerra.
Após quase sete meses de liderança folgada no Brasileirão 2023, o Botafogo viu sua posição escapar das mãos na última rodada, indo parar num rival que agora é considerado favorito ao título, o Palmeiras. O Fogão foi, aos poucos, derretendo sua “gordura” de pontos que chegou a abrir diante dos seus adversários, mostrando que a maratona do campeonato, que dura quase o ano todo, exige muito dos elencos, forçando uma oscilação em todos eles, ao longo do percurso. E a alternância na produção do time da Estrela Solitária permitiu que outros clubes também chegassem colados com ele nessa reta final. Em segundo lugar, está o próprio Botafogo, em terceiro Grêmio e em quarto, o Bragantino. O Brasileirão faz uma pausa para os jogos da Seleção Brasileira pelas Eliminatórias da Copa do Mundo. A diretoria do Botafogo demitiu o técnico Lúcio Flávio e contratou Tiago Nunes, ex-Ceará e outros clubes, para substituí-lo.
Deixando de lado a situação dos clubes candidatos ao título do Campeonato Brasileiro, as atenções dos cearenses se voltam para a campanha do Fortaleza, que a exemplo do Botafogo, entrou numa fase de estagnação na conquista de pontos e resultados positivos. Com a derrota por 2 a 1 para o Cuiabá, fora de casa, o Leão do Pici chegou a seis jogos sem vitória, sendo um empate e cinco derrotas. De 18 pontos conquistados, só conquistou um, e caiu para a 12 colocação no Brasileiro, lançando uma grande preocupação em sua torcida. Já dizia o narrador esportivo Carlos Fred, que o futebol é uma matéria de fácil acesso, mas de difícil interpretação. Eis uma verdade. A queda de produção Fortaleza, que perdeu o título da Copa Sul-Americana para a LDU Quito, mesmo nas penalidades máximas, e os sucessivos jogos ao longo do ano, 72 deles na atual temporada de 2023, estão fazendo um estrago grande no elenco tricolor, tanto no físico quanto no psicológico. Todos os clubes são afetados, porém, de diferentes maneiras.
O senso comum dos desportistas e das pessoas em geral costuma abrigar algumas ideias arraigadas, como por exemplo: que artista de TV não envelhece; que atleta de futebol tem obrigação de render 100 por cento o ano todo, por ser bem pago; que jogador é inoxidável e incansável; que abatimento psicológico é para pessoas fracas e inconstantes. Assim sendo, ninguém perdoa se um time que jogava bem, passa a produzir menos. Crescem as teorias da conspiração para tentar explicar, quando, se poderia conjecturar, que os protagonistas dos diversos esportes, são humanos, e que seu rendimento é afetado por diversos fatores. Se o problema do Fortaleza estiver ligado mesmo à fadiga física e psicológica, o time só volta a jogar no dia 18 de novembro, na capital cearense, contra o Cruzeiro. Dia 23, o adversário será o Botafogo e e dia 26, o Palmeiras. São pedreiras, mas espera-se que o Leão vença algum deles, para avançar rumo ao objetivo de se classficar para a Copa Sul-Americana, cuja classificação precisa ser pelo menos até o 14 colocado.
Refazendo
Na Série B, O Ceará venceu o Mirassol por 2 a 0, e teve uma produção animadora perante a sua torcida no PV. Por sua vez, o técnico Vagner Mancini viu crescer o futebol de alguns jogadores como Pedro Lucas, emprestado pelo Grêmio, Erick Pulga, que veio do Ferroviário, mas é do Alvinegro, e o atacante Bissoli. É um trabalho de reformulação e que traz fortes esperanças de um novo Vozão para o ano de 2024. Enquanto isso, o Vitória da Bahia conquistou o acesso à Série A do Brasileirão, de tal modo que se o Bahia permanecer na Primeira Divisão, junto com o Fortaleza, no ano que vem, a região Nordeste terá três representantes na elite do futebol nacional em 2024.