“BORA pro CAIS, o novo sempre vem!” – Por Mauro Oliveira

Mauro Oliveira é PhD em Informática por Sorbonne. Foto: Arquivo Pessoal

Com o título “BORA pro CAIS, o novo sempre vem!”, eis artigo de Mauro Oliveira (Pirambu Innovation), PhD em informática por Sorbonne University e ex-secretário de Comunicação do Ministério das Comunicações. “É, Seu Trump, parece que não dá mais para o “dono da Bola” bater o escanteio e correr pra cabecear. O yuan flerta com o petróleo saudita e os BRICS pedem a conta do restaurante onde o Ocidente jantou por um século às custas do Sul Global”, expõe o articulista.

(Dedicado a Joaquim Caracas e a Luiz Deusdará, empresários que “apostam” no jovem da periferia)

Confira:

A política do “America First”, reciclada sob o verniz enferrujado do isolacionismo trumpista 2.0, insiste em maquiar nacionalismo econômico com blush patriótico, mas o mundo já não dança conforme a música da Broadway.

Ela revela-se mais um “caldo de bila” à moda Trump quando uma “DeepSeekzinha” chinesa dá uma rasteira Kung Fu no celebrado Bull Market, o icônico touro prostático em Wall Street, outrora símbolo viril de prosperidade.

Feito menino teimoso que não aprende fácil, Trump, no primeiro governo, jurava de pés juntos que taxar produtos estrangeiros salvaria empregos e fortaleceria a indústria americana.

Agora, no segundo tempo em um jogo onde o “Armando Marques” (lembram dele no Maraca?) é a Inteligência Artificial, a política Trumpeana de taxação + imigração acelera a missa de sétimo dia do dólar como moeda suprema dos terráqueos, num roteiro hollywoodiano … escrito em mandarim.

É, Seu Trump, parece que não dá mais para o “dono da Bola” bater o escanteio e correr pra cabecear. O yuan flerta com o petróleo saudita e os BRICS pedem a conta do restaurante onde o Ocidente jantou por um século às custas do Sul Global.

Junte-se a essa lambança político-econômica, que trava, reinicia e ninguém sabe onde salva o arquivo, a chegada da singularidade (Inteligência Artificial + computação quântica) inaugurando a 5ª revolução industrial, logo ali, lá acolá em 2030), um cenário tragicômico com algoritmos que adivinham seus desejos antes mesmo de você os desejar (EITA que essa só dá pra entender daqui a 5 anos … rsrsr)

E o Brasil com isso?

Rapaz… hoje a Inteligência Artificial já tá em tudo, feito cuscuz na mesa de domingo — e não depende de Trump, Xi Jinping, Putin nem do Neymar voltando pro Santos com aquele joelho baleado e o marketing intacto.

A IA já controla trilhões nas bolsas de valores, negocia petróleo antes do galo cantar em Dubai, e dispara mísseis “inteligentes” no clube dos meninos do urânio enriquecido.

Na China, a IA vigia os arengueiros de oposição com cara de aplicativo de delivery, enquanto em outras “democracias” por aí, ela só troca o uniforme da censura por um algoritmo mais elegante. E, é claro, faz o reconhecimento facial dos clientes do Raimundo dos Queijos, aquele point do melhor pré-Carnaval da cidade … rsrs.

Mas o ponto é: a IA virou o novo motor da geopolítica, movida a silício, dados e nuvem. É poder econômico, militar, social e, sobretudo, simbólico. Quem não pilota, vira passageiro. Ou bagagem extraviada.

E o Brasil? Ah… o Brasil, “com a boca escancarada cheia de dentes esperando a IA chegar”, assiste do alambrado, com o uniforme emprestado da “soberania digital”, enquanto as big techs de Trump e Xi escrevem no VAR do futuro da humanidade, um novo modelo de IA com suas bases de dados bilionárias e seus planos de reengenharia social.

Quem não é soberano é colonizado! E haja entusiasmo dos abestados úteis que pagam mensalmente o “ouro de Minas” e acham que tá tudo bem. O Entusiasmo do Colonizado é … de lascar o cano!

E o Piauí com isso?

Uma alternativa para o Brasil é dar uma de Rafael Fonteles. Sim, ele mesmo — o Governador do Piauí.

No estado com o menor PIB per capita do país, o Cabra-da-peste Rafa resolveu virar o jogo: em vez de chorar a miséria, soprou o vento da mudança com sotaque do sertão e criou logo uma Secretaria de Inteligência Artificial.

O Piauí faz o que o Brasil inteiro deveria estar fazendo: pegando o boi pela API e: (1) Letramento Digital – ensinando a gurizada a dialogar com o mundo dos algoritmos, em vez de apenas consumir as soluções importadas com legenda atrasada, (2) Domínio Tecnológico – desenvolvendo soluções digitais com código aberto, a exemplo dos chineses com o DeepSeek.

Fonteles sacou que IA não é só tecnologia: é infraestrutura de poder, de soberania, de educação do século XXI. É como eletricidade no século XX. Ou alfabetização no XIX. Quem não tem, obedece. Quem tem, governa. Quem entende, reinventa … ou seja, “Quem não é soberano é colonizado!”

E o Ceará com isso?

“BORA levantar a bunda da cadeira e pegar a barra de ouro”, nos provoca sorridente Geneflides Laureno, Presidente da Assesspro Ceará, um Dom Quixote do Sertão Cearense

BORA fazer da Praia de Iracema o nosso CAIS (copyright Acrísio da Inovação), um espaço de Ciência, Arte, Inovação e Sustentabilidade.

BORA fazer como Raquel de Queiroz, que escreveu o sertão com tinta de mulher;
como Casemiro Montenegro, que plantou aviões no semiárido;
como Chico Anysio, que nos ensinou que rir é uma forma de resistência.

BORA “pegar a barra de ouro” e
nos encontrar no CAIS,
sonhar no CAIS,
nos orgulharmos do Ceará no CAIS,
todos juntos no CAIS,
com contade, coragem …

BORA construir o Novo … que sempre vem!

*Mauro Oliveira

PhD em Informática, professor do IFC. Foi Secretário de Telecomunicações do Ministério das Comunicações.

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