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“Brasil: a gestão pública não pode viver de recomeços” – Por Bruno Eloy

Bruno Eloy é administrador e escritor. Foto: Arquivo Pessoal.

Com o título “Brasil: a gestão pública não pode viver de recomeços”, eis artigo de Bruno Eloy, administrador e escritor. “A população não quer uma administração de slogans. Quer resultados. E resultado se alcança com planejamento, escuta e, acima de tudo, com responsabilidade histórica”, expõe o articulista.

Conifra:

No Brasil, temos um padrão que se repete em diferentes esferas de governo: a cultura do recomeço. Prefeitos que ignoram o que foi feito por gestões anteriores, secretários que desmontam programas antes de avaliá-los, projetos engavetados no meio do caminho por pura troca de comando. E assim seguimos, desperdiçando tempo, recursos e, principalmente, confiança da população.

Para quem está na gestão pública, essa lógica precisa ser rompida. Governar não é apagar o que veio antes, mas sim melhorar, dar continuidade ao que funciona e corrigir o que precisa ser ajustado. A política de Estado não pode se submeter à lógica de vaidade ou de sigla partidária.

É claro que cada novo gestor tem o direito e o dever de imprimir sua visão, suas prioridades. Mas isso não pode significar a quebra de tudo o que já foi construído. Um bom gestor sabe que obras inacabadas e políticas interrompidas geram prejuízos que vão muito além dos números: criam um ciclo de descrença na capacidade do Estado.

Eficiência na gestão pública também passa por continuidade. Planejar exige pensar para além do próprio mandato. Avaliar políticas públicas com dados, escutar técnicos da casa, dialogar com a sociedade, tudo isso é essencial para garantir que o que foi iniciado possa ser aprimorado e concluído.

A população não quer uma administração de slogans. Quer resultados. E resultado se alcança com planejamento, escuta e, acima de tudo, com responsabilidade histórica.

Gestores públicos têm nas mãos o desafio e a chance de quebrar esse ciclo de recomeços. Honrar o trabalho que veio antes não diminui ninguém. Pelo contrário, mostra maturidade, respeito institucional e compromisso com o bem comum.

O Brasil não pode mais ser o país onde cada novo gestor começa do zero. É hora de construir sobre o que já existe, com visão de futuro e pé no chão.

*Artigo inspirado na definição do Brasil inscrita no livro, A chave de Salomão, 1914.

*Bruno Eloy

Administrador e escritor.

Eliomar de Lima: Sou jornalista (UFC) e radialista nascido em Fortaleza. Trabalhei por 38 anos no jornal O POVO, também na TV Cidade, TV Ceará e TV COM (Hoje TV Diário), além de ter atuado como repórter no O Estado e Tribuna do Ceará. Tenho especialização em Marketing pela UFC e várias comendas como Boticário Ferreira e Antonio Drumond, da Câmara Municipal de Fortaleza; Amigo dos Bombeiros do Ceará; e Amigo da Defensoria Pública do Ceará. Integrei equipe de reportagem premiada Esso pelo caso do Furto ao Banco Central de Fortaleza. Também assinei a Coluna do Aeroporto e a Coluna Vertical do O POVO. Fui ainda repórter da Rádio O POVO/CBN. Atualmente, sou blogueiro (blogdoeliomar.com) e falo diariamente para nove emissoras do Interior do Estado.

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