“Brasil sai novamente do Mapa da Fome” – Por Íris Cavalcante

Íris Cavalcante é poeta e tem MBA em Administração Estratégica pela Unichristus.

Com o título “Brasil sai novamente do Mapa da Fome”, eis artigo de Íris Cavalcante ´poeta e tem MBA em Administração. “A história humana sempre foi sobre luta de classe. É contra essa impiedosa desigualdade social que lutamos”, expõe a articulista.

Confira:

Para um país forjado na escravidão, no privilégio das elites, na desigualdade social e nos golpes, sair do Mapa da Fome não é uma notícia banal, é um grande acontecimento, a prova de que, se a fome já foi uma decisão política, combatê-la hoje é política de Estado.

Segundo o relatório divulgado pela ONU, nesta segunda-feira, 28 de julho, o Brasil saiu novamente do Mapa da Fome, mas ainda temos uma parcela da população na condição de subalimentação.

Zerar esse percentual deve ser uma meta de todo país soberano.

A fome é uma das formas de desumanização das mais cruéis que existe, que se combate com vontade política e políticas públicas que ajudem a minimizar o fosso das desigualdades. Isso é uma obrigação do Estado: promover o bem-estar social da população; não somente subsidiar o capitalismo neoliberal e seus tentáculos, que promovem a escravidão contemporânea e a alienação de alguns segmentos da classe trabalhadora, que não se reconhecem como tal.

Figurar no Mapa da Fome é um indicador preocupante para qualquer país, isso significa que uma fração considerável da população não tem a garantia do acesso a alimentos suficientes para suprir as necessidades de sua família.

A insegurança alimentar é um dado que deve inquietar um governo comprometido com justiça social e com a consciência política de que a produção de um país deve ser compartilhada com quem produz e com quem precisa. Pensar diferente disso é sustentar uma sociedade disfuncional de opressores e oprimidos, numa espiral de perpetuação de opressões.

Nosso inconsciente coletivo sabe do que estamos falando e só quem tem nostalgia de um passado escravocrata e do apartheid social são ou pessoas beneficiadas com os privilégios das elites, ou pessoas que não têm o mínimo de consciência de classe.

A história humana sempre foi sobre luta de classe. É contra essa impiedosa desigualdade social que lutamos.

*Íris Cavalcante

Poeta e com MBA em Administração.

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