Com o título “Cada mundo tem o Judas que merece”, eis artigo de J. Amaro, católico devotado a causas sociais. Ele esboça que tipos temos atualmente de traidores.
Confira:
O Judas, que conhecemos, não está só na Bíblia. Não é só aquele que, pelo interesse de derrotar o Império Romano, vendeu seu lider por 30 moedas. Temos hoje Judas de todos os tipos e para todos os gostos dos que adoram tramar contra o bom senso.
Na economia, temos o Judas que se aproveita dos sistemas e dos juros para aumentar sua riqueza, mesmo que isso custe, cada vez mais, apostar em má distribuição de renda e aumento da pobreza. Temos o Judas e seus novos valores, mas os dólares ainda prevalecem.
Na internet, temos Judas egocêntricos, egoistas, individualistas, que se fecham em seu mundinho virtual para fugir do mundo real que nos cerca e nos desafia. Temos o Judas dos algoritmos, que quer nos moldar, manipular e ditar regras.
No futebol, apareceu o Judas das bets, aquele que ilude para nos fazer viciados em apostas e acabar com o bolso, vez em quando, cheio, mas, na maioria das vezes, repartido por dividas ou inadimplências…
Na cultura ou na arte, há Judas invejosos, maliciosos e que adoram fofoca. São poucos os que torcem para que alguns chegue a premiações. É melhor, para alguns, torcer não ver alguém contrário à nossa ideologia subindo ao topo da glória.
Mas há um Judas bem pior. É aquele que usa a religisão para explorar a boa fé e angariar vantagem em tudo. Esse Judas posa de líder, de amigo, de companheiro, de boa praça, mas, ao final, acaba feito Gestas, o mal ladrão, que não acredita em salvação.
No mundo em que vivemos atualmente, pelo visto, devemos orar, rezar ou torcer para que a maldade, a violência e o desrespeito ao ser humano não avancem tanto quanto já avançaram, Lamentavelmente até nos corações.
Mas vale pedir, pelo menos, pedir para que tenhamos muitos Dimas.
Assim, Deus nos abre um grande portal nesse mundo, vasto mundo para o direito a conversão. E assim… nem tudo estar(i)á perdido.
*J. Amaro,
Contador e católico.