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“Cânion do Rio Poti: sobra beleza, falta investimento em estrutura

Silvania Claudino é editora do Jornal O Sertanejo.

Com o título “Cânion do Rio Poti: sobra beleza, falta investimento em estrutura”, eis artigo de Silvania Claudino. Ela aborda um dos belos pontos turísticos de Crateús, que ainda precisa de um olhar profissional como potencial turístico.

Confira:

Situado na divisa dos estados do Ceará e Piauí, o Cânion do Rio Poti é formado por extensos paredões escavados nas rochas. Falha geológica ocorrida há milhões de anos, o cânion guarda a beleza selvagem com grandes pedras, cachoeiras, abrigos naturais, inscrições rupestres e paisagens de puro encantamento.

Com 3.680,55 ha de extensão, a parte cearense, fica no Parque Estadual que foi criado em 2021, entre os municípios de Crateús e Poranga. O acesso é difícil, por isso os cearenses optam para conhecer o Cânion pela parte do PI. No caso saindo de
Crateús, passa em Buriti dos Montes e em seguida Castelo, percurso total em torno de 170km de estrada em boas condições.

Na parte piauiense, o Parque fica a 50km do município de Castelo. O parque foi criado em 2017 e tem uma área de 6.872 ha. A região é marcada por cânions e vestígios arqueológicos paleontológicos. A rodovia que dá acesso atualmente está em processo de conclusão bem avançado, o que facilita bastante para o turista chegar ao local com segurança e conferir o verdadeiro oásis no meio do sertão e próximo já do cerrado. Há passeios de barcos ou caiaques em boas condições de segurança que percorrem em torno de 6km do Rio, com uma visão espetacular dos paredões de pedras, que em alguns locais chegam a 60m de altura. O banho é incrivelmente refrescante e relaxante.

A beleza, a paz e a conexão com a natureza que o local passa não dá para descrever. Só ir e sentir mesmo. Tudo isso sobra no passeio, banho e observação das águas que fluem entre os paredões, além da fauna e flora bem diversa entre os dois biomas.

Ao mesmo tempo que toda essa beleza encanta o turista, há o desencanto com a carência de infraestrutura. Falta uma estrutura mínima para receber os turistas; não há nem água para beber. O turista tem que levar tudo em sua bagagem, da água à alimentação. Não há qualquer tipo de acomodação que propicie um passeio adequado e em dignas condições de higiene e bem estar. Falta investimento do poder público para esta área com enorme potencial turístico para os dois Estados nordestinos, Ceará e Piauí.

*Silvania Claudino,

Jornalista e editora-geral do jornal O Sertanejo.

Eliomar de Lima: Sou jornalista (UFC) e radialista nascido em Fortaleza. Trabalhei por 38 anos no jornal O POVO, também na TV Cidade, TV Ceará e TV COM (Hoje TV Diário), além de ter atuado como repórter no O Estado e Tribuna do Ceará. Tenho especialização em Marketing pela UFC e várias comendas como Boticário Ferreira e Antonio Drumond, da Câmara Municipal de Fortaleza; Amigo dos Bombeiros do Ceará; e Amigo da Defensoria Pública do Ceará. Integrei equipe de reportagem premiada Esso pelo caso do Furto ao Banco Central de Fortaleza. Também assinei a Coluna do Aeroporto e a Coluna Vertical do O POVO. Fui ainda repórter da Rádio O POVO/CBN. Atualmente, sou blogueiro (blogdoeliomar.com) e falo diariamente para nove emissoras do Interior do Estado.

Ver comentários (1)

  • Além da infraestrutura, acho que falta divulgação desta beleza natural. Parabéns à jornalista Silvania Claudino por apresentar neste canal esta preciosidade de sua região.

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