Pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará divulgaram um estudo com novas práticas no uso do capacete Elmo que podem reduzir os índices de intubação de pessoas internadas com Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SDRA) associada à covid-19. O estudo, que foi destaque no periódico da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, chegou a um procedimento que resultou numa taxa de sucesso (não intubação) de mais de 70% – a mais alta até então descrita com o uso do equipamento – a partir da adoção de um protocolo de sedação leve do paciente.
Essa é a primeira pesquisa a usar rotineiramente sedação leve com o Elmo em todos os pacientes, explica a pneumologista Isabella Matos, autora principal do trabalho. “Hipotetizamos que a utilização de sedação leve com dexmedetomidina aumentaria a tolerância do paciente ao uso mais prolongado do Elmo. Na nossa população do estudo, verificamos que a taxa de sucesso (pacientes não intubados) foi maior naqueles que fizeram uso de mais de 24 horas do Elmo na primeira sessão.”
Dos 180 pacientes que integraram o estudo, 72,8% (131) não precisaram de intubação após o uso do Elmo associado à sedação e, desses, 4 morreram. Já os que precisaram ser intubados somaram 27,2% (49), sendo que 30 morreram. A taxa geral de mortalidade hospitalar entre os não intubados foi, portanto, de 3%; já entre os intubados foi de 61,2%.
SERVIÇO
*Cofira mais detalhes do estudo no site da Agência UFC.