Uma reunião emergencial entre a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e dirigentes dos 40 clubes que integram as séries A e B do Campeonato Brasileiro, na tarde desta sexta-feira (23), a partir das 16 horas, na sede da entidade, no Rio de Janeiro, deverá debater o número crescente de erros contra árbitros de campo e árbitros do VAR.
Mas se engana que pensa que o encontro buscará soluções e punições aos erros de arbitragem, em uma época de suspeição de manipulação de resultados, marcação de pênaltis, cartões amarelos e cartões vermelhos.
Na verdade, a CBF buscará intimidar os clubes contra reclamações públicas, após os jogos.
A reunião, que será comandada pelo próprio presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues, e contará com a presença de integrantes da Comissão de Arbitragem, irá apresentar um canal de comunicação direto entre os clubes e a Comissão de Arbitragem, como forma de conter exposição aos árbitros e à imagem da CBF.
Pênaltis contra o Ceará
Em documento enviado ao Ceará Sporting e à Federação Cearense de Futebol, a CBF disse que os dois pênaltis marcados pelo árbitro Wagner do Nascimento, ambos contra o Vozão e que permitiram a virada do Goiás, em pleno estádio da Serrinha, em Goiânia, no último dia 12, pela vigésima rodada da Série B, foram legais.
De acordo com o documento da CBF, a marcação do primeiro pênalti teria sido correta pela mão na bola e não bola na mão, após a bola se chocar primeiro na coxa do atleta alvinegro, que estaria com “ação pretendida”. A cobrança também não seria irregular, segundo a CBF, mesmo vários sites terem mostrado dois toques na bola. “O cobrador se aproximou da bola e apoiou seu pé esquerdo executando a cobrança normalmente”, atestou a entidade.
Sobre a falta sofrida por Jean Irmer, que resultou em contra-ataque do Goiás e na marcação do segundo pênalti, a CBF afirmou que “o jogador já está caindo, sente o contato e desmorona“, em nova contradição às imagens.