No Ceará, 72 açudes já estão sangrando por conta das boas chuvas. Com a marca de 7,23 bilhões de metros cúbicos, o montante de aporte superou o ano de 2023 e, segundo a Cogerh, é o melhor número desde 2009.
O volume total acumulado no Estado é de 54,8% da capacidade total. Esse volume é reflexo dos bons aportes nas bacias hidrográficas do Estado.
As regiões do Acaraú, Coreaú, Litoral, Metropolitana, Serra da Ibiapaba, Salgado e Baixo Jaguaribe estão em situação “muito confortável”, com volumes acima de 70%, com destaque para o Baixo Jaguaribe e Litoral que registram 100% de seu armazenamento.
A região do Curu recebeu uma recuperação significativa. No início deste ano, antes do início da quadra chuvosa, a bacia estava com 26% da capacidade total. Hoje se encontra com 66% de reservas hídricas acumuladas, numa situação confortável.
Nessa terça-feira, registraram sua capacidade completa os açudes São Domingos II, em Caririaçu, e o Martinópole. Este último não registrava evento de sangria há 15 anos.
Em alerta
Apesar desses avanços, a realidade na bacia hidrográfica dos Sertões de Crateús contrasta com menos de 25% de sua capacidade hídrica acumulada.
Outros 22 reservatórios do Ceará apresentam volumes abaixo de 30% de sua capacidade, “destacando os desafios persistentes impostos pelo clima semiárido da região, com chuvas distribuídas de forma irregular no tempo e espaço”, conforme destacou Tércio Tavares, diretor de Operações da Cogerh.