O Ceará vai abrir, no próximo sabado, a campanha de vacinação contra a poliomielite, também chamada de paralisia infantil ou pólio. A ação é direcionada para crianças menores de cinco anos de idade e seguirá até 14 de junho. Em 2023, o Estado ocupou o primeiro lugar no ranking de cobertura vacinal entre as unidades federadas, conforme os dados do Ministério da Saúde (MS).
A poliomielite é uma doença contagiosa aguda irreversível causada pelo poliovírus selvagem (PVS). Nos casos graves, em que acontecem as paralisias musculares, os membros inferiores são os mais atingidos.
A coordenadora de Imunização da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), Ana Karine Borges, destaca que a vacinação é a única forma de prevenção da doença, e fundamental para impedir a reintrodução do poliovírus no Brasil. “A disponibilização do imunizante evitou o adoecimento e demais complicações em milhares de crianças, estabelecendo uma boa relação de custo e efetividade nas ações em saúde pública”, explica.
A doença está erradicada no Brasil desde 1989. No ano de 1994, o País recebeu a certificação de área livre de circulação do poliovírus selvagem. A gestora lembra que, para que a situação permaneça dessa forma, é necessário que a população continue completando o esquema vacinal das crianças.
Esquema de imunização
As vacinas VOP (vacina oral poliomielite) e VIP (vacina inativada poliomielite) são os dois imunizantes disponíveis no Brasil para proteger contra a poliomielite. Desde 2016, o esquema contra a poliomielite passou a ser de três doses da vacina injetável para crianças com 2, 4 e 6 meses. Além disso, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) recomenda mais duas doses de reforço com a vacina oral bivalente, conhecida como gotinha.