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“Chamaram a mulher”

Barros Alves é jornalista e poeta

“Tem enfrentado e tem vencido as mais difíceis batalhas ocorridas no Parlamento cearense ao longo dos últimos quinze anos”, aponta o jornalista e poeta Barros Alves.

Confira:

Filho adotivo, fui criado por oito mulheres, minhas irmãs mais velhas. Todas disputavam o direito de ser minha mãe. Muitas mulheres inspiraram e inspiram minha vida de poeta. Uma companheira forte e valorosa, presente nos embates cotidianos, está ao meu lado sempre pronta a enfrentar os obstáculos que se nos interpõem na caminhada da vida. Uma filha linda,  inteligente, ousada; e quatro netas que são rosas de esperança no meu jardim outonal. Chefiei mulheres no âmbito profissional e por elas fui chefiado. Então, de mulher eu entendo. Na prática. Como costumava dizer o Barão de Itararé, o importante é a sabedoria empírica, porque na prática a teoria é diferente.

O poeta mineiro Belmiro Braga, sabedor da vontade férrea que impulsiona as decisões e a capacidade empreendedora da mulher, vontade que aliada ao “feeling” felino concede à mulher um poder extraordinário para   empreender conquistas, escreveu trova antológica: “Quando a mulher quer, eu acho,/ Que nem Deus a desanima:/ É água de morro abaixo/ Ou fogo de morro acima.”

A mulher sobre a qual desejo me referir nesta crônica é muito mais poderosa do que a mulher da generalização feita pelo poeta. Exatamente porque é ungida por Deus para uma missão que vem cumprindo com determinação, com arrojo, com sabedoria. Deus não a desanima. Muito ao contrário, Deus a estimula, impulsiona seus passos, orienta suas ações, guarda-a dos “laços do passarinheiro e da peste perniciosa.” Ela é uma mulher que desempenha um papel importíssimo na história política atual do Ceará e se empenha em defender os lídimos valores cristãos no Parlamento cearense,  onde o povo lhe colocou com louros. O nome dela é Silvana Oliveira. Médica, mulher valente que não perdeu a feminilidade para atender a modismos; não se submete a patrulhamentos malsãos ditados pela imbecilidade do “politicamente correto”, mas quando empunha a bandeira dos postulados cristãos do verdadeiro amor ao próximo, a se manifestar na defesa dos mais humildes, no compromisso com as causas da justiça, a Dra. Silvana alteia-se, agiganta-se e vestida da couraça da fé, enfrenta o adversário com destemor, por mais poderoso que ele seja. Tem enfrentado e tem vencido as mais difíceis batalhas ocorridas no Parlamento cearense ao longo dos últimos quinze anos.

Movida por esse espírito de luta e pela consciência da necessidade de participação política ativa, a deputada Silvana atendeu ao chamado de importantes segmentos da sociedade maracanauense, que  fizeram-na candidata, objetivando, destarte, alcançar com uma mulher no comando da administração municipal, aquilo que os homens ainda não conseguiram, apesar dos esforços dispendidos. Com efeito, Maracanaú, município dos mais importantes do Ceará, obteve algumas vitórias em termos de desenvolvimento sócio-econômico, desde a emancipação há mais de quarenta anos. Mas, ainda padece de males congênitos em áreas sensíveis da administração pública, mantendo grande índice de desemprego, deficiências crônicas na prestação de serviços de saúde, educação e saneamento básico. O lazer é precário. Os serviços públicos, no geral, deixam muito a desejar em município tão rico. Grande contingente da população acredita que a sensibilidade de uma mulher corajosa e proativa igual à Dra. Silvana, mudará para melhor o perfil da atividade pública hoje negativa em vários espaços do rico  município. Ao que se nos apresenta, há investimentos feitos com desperdício de recursos públicos em razão da falta de planejamento mais cuidadoso, o qual requer a audição da população e que priorize as exigências das comunidades. Certamente, por esses e outros tantos motivos é que chamaram a mulher certa. Que a população saiba escolher bem o nome que vai gerir os destinos do povo maracanauense nos próximo quatro anos. Caso contrário, pagará o preço pela incompetência, pelo desleixo e/ou pelo que pode resultar de uma governança que faz da política apenas um jogo de intriga, de inveja, de malversação de recursos públicos.

Barros Alves é jornalista e poeta

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