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“Chaves do Turismo”

Totonho Laprovítera é arquiteto e escritor. Foto: Reprodução

“Tem que transformar o ponto turístico em uma extensão da sua alma, ou pelo menos fingir que conseguiu”, aponta o arquiteto e escritor Totonho Laprovítera

Confira:

“Para viajar basta existir.” (Fernando Pessoa)

Para começo de conversa, coitado do turismo “estive lá”! Sabe aquele tipo de viagem em que a pessoa volta sem se lembrar de quase nada e carregada de um bocado de fotos que ela nem sabe mais por que fotografou? Pois é, esse turismo está com os dias contados.

Hoje, viajar virou uma experiência existencial. Não basta ir; tem que sentir, entender, respirar o lugar. Tem que transformar o ponto turístico em uma extensão da sua alma, ou pelo menos fingir que conseguiu. E aí entra o turismo cultural e de experiência – que, diga-se de passagem, é muito mais proveitoso do que aquela velha corrida contra o tempo para “ver tudo”.

Falando sério, mas nem tanto, o turismo é importante. Ele faz bem para a economia, para a autoestima da sociedade e para o bolso dos taxistas e garçons locais. E, claro, é sempre uma desculpa para aprendermos alguma coisa, mesmo que seja o preço de um cafezinho no estrangeiro.

E aí entra Ana D’Áurea Chaves. Uma pessoa que entende sobre viajar, e faz disso uma arte. Não é só “vamos ali tirar uma foto em tal lugar”. Com Ana D’Áurea, a viagem começa na pesquisa, na leitura, no encantamento antecipado. Ela desenha seus roteiros como se fossem mapas do tesouro – no qual o ouro é a cultura, história e, às vezes, uma boa comida típica.

O mais interessante é que, com ela, viajar não é só sair de casa. É um percurso de autodescoberta – uma terapia com carimbo no passaporte. Ana D’Áurea faz entender que a viagem não é a razão do destino. É o que o destino faz com os viajantes. Dá até um certo peso existencial à mala.

Os roteiros criados por ela transformam qualquer canto em uma aula de história e arte ao vivo. Neles, não se vê somente o museu; entende-se por que aquele quadro está lá, quem o pintou e, de quebra, o seu contexto. E isso tudo enquanto se descobre o quanto em comum existe entre os povos.

Pois é, Ana D’Áurea Chaves não faz só turismo; ela cria experiências que mudam vidas. Quem viaja com ela volta diferente – ou pelo menos volta com assunto para várias rodas de conversa. E isso, convenhamos, já é uma vantagem enorme.

Então, para concluir, só posso dizer: Valeu, Ana D’Áurea! Você presta um grande serviço à nossa cultura, transformando viajantes em verdadeiros turistas de excelência!

Totonho Laprovítera era arquiteto, escritor e artista plástico

Eliomar de Lima: Sou jornalista (UFC) e radialista nascido em Fortaleza. Trabalhei por 38 anos no jornal O POVO, também na TV Cidade, TV Ceará e TV COM (Hoje TV Diário), além de ter atuado como repórter no O Estado e Tribuna do Ceará. Tenho especialização em Marketing pela UFC e várias comendas como Boticário Ferreira e Antonio Drumond, da Câmara Municipal de Fortaleza; Amigo dos Bombeiros do Ceará; e Amigo da Defensoria Pública do Ceará. Integrei equipe de reportagem premiada Esso pelo caso do Furto ao Banco Central de Fortaleza. Também assinei a Coluna do Aeroporto e a Coluna Vertical do O POVO. Fui ainda repórter da Rádio O POVO/CBN. Atualmente, sou blogueiro (blogdoeliomar.com) e falo diariamente para nove emissoras do Interior do Estado.

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