“Eu não sou adepto de inquisição. A história da humanidade já mostrou muitas vezes que esses julgamentos, que esses clamores, muitas vezes são inconsequentes e injustos. Joana D’Arc foi queimada, viva!”
Esse foi o posicionamento é do senador Cid Gomes (PSB), nesta quarta-feira (16), em coletiva de imprensa, na Assembleia Legislativa do Ceará (Alece), ao defender o deputado federal Junior Mano, investigado pela Polícia Federal sobre irregularidades em licitações e desvio de emendas parlamentares.
“Tem mil interesses. Se faz denúncias com mil interesses. O dele eu já falei, começa lá pela questão de Canindé (denúncia da ex-prefeita Rozário Ximendes)”, apontou o senador cearense.
“Você desmoraliza a pessoa, achincalha a pessoa e não tem sequencia nenhuma”, questionou, ao reclamar que não houve prosseguimento ou provas apresentadas pela ex-prefeita.
“Qual é a acusação que se faz com Junior Mano: ele está desviando emenda? Cadê? Saiu o cheque, de onde? Entrou na conta dele? Entrou na conta da mulher dele, de um irmão, da família dele? Cadê?”, reclamou Cid Gomes da investigação em andamento pela Policia Federal que, na semana passada, realizou operação envolvendo o parlamentar.
Impedimento
Na série de perguntas feitas por repórteres durante a coletiva, Cid Gomes afirmou que seria bom que o ministro do STF, Gilmar Mendes, passasse o processo para outro ministro. E explicou: o ministro tem relações com a polírtica cearense.
Gilmar é casado com a irmã do ex-deputado federal Chiquinho Feitosa, que preside o Republicanos e tem desejo de disputar uma das vagas de senador, assim como Júniro Mano, que foi lançado por Cid Gomes nesse mesmo empate.