“Cid não teve seus posicionamentos respeitados em nenhum desses momentos o que com certeza gerou no senador uma sensação de está fora da bolha”, aponta o jornalista Fábio Tajra.
Confira:
As entrelinhas do poder muitas vezes sustentam status, dividem famílias, evidenciam caracteres e põem à prova as bases de sustentabilidade de gestões.
O senador Cid Gomes (PSB), um dos maiores articuladores políticos deste Estado e também o maior vencedor do último pleito eleitoral, cansou e resolveu mostrar para a sociedade a sua insatisfação com o grupo PTista que domina o Ceará e que se considera infalível na condução do futuro, em médio e longuíssimo prazo.
Cid, que ajudou a “criar” Camilo Santana, hoje o maior líder político do Ceará, parece ter sido colocado de lado pelo grupo, quando o assunto é tomar decisões importantes. Foi assim na escolha do vice-prefeito(a) na chapa de Evandro Leitão e, agora, na escolha do próximo presidente da Assembleia legislativa. Dois momentos extremamente importantes para o processo político cearense.
Cid não teve seus posicionamentos respeitados em nenhum desses momentos, o que, com certeza, gerou no senador uma sensação de estar fora da bolha. Ou seja, vivendo como um mero coadjuvante.
Cid Gomes, que já afirmou várias vezes querer pendurar o paletó, começa a avaliar a real necessidade de estabelecer um novo rumo político, inclusive tento como pilar uma aproximação com o seu irmão e mentir Ciro Gomes.
O que se pode perceber facilmente é o surgimento ou a reciclagem política dos Ferreiras Gomes, traçando um rumo discursivo e direcionado a oposição à reeleição do governador Elmano de Freitas.
Fábio Tajra
Jornalista e especialista em Planejamento de Políticas Públicas