“As cidades precisam ter donos, precisam de cuidados e de Câmaras Municipais ativas e não só repletas de vereadores, balançando a cabeça para o prefeito de plantão”, aponta o professor e historiador João Teles
Confira:
Ao redor das cidades, muita sacaria de supermercado, inclusive presa nos galhos das árvores. Coisa não tão fácil de se resolver, claro, mas bem que prefeitos e Câmaras poderiam dar uma ajudinha. Primeiro com campanha de conscientização, para o uso mais moderado, desses instrumentais, por parte das pessoas em geral; depois com lei e multa. Outra saída, seria a adoção de sacos de papel ou de sacolas (das que tem vida mais longa). As donas de casa, seriam excelentes parceiras, nessa hora.
As cidades precisam ter donos, precisam de cuidados e de Câmaras Municipais ativas e não só repletas de vereadores, balançando a cabeça para o prefeito de plantão. Como um jardim, as cidades precisam ser tratadas com amor e mais empenho.
A cidade é o lugar do cidadão, o que paga toda rebordosa, via impostos e taxas. Mas que , grosso modo, não tem uma cidade zelada.
Uma cidade bem cuidada precisa ser mantida limpa, com calçadas padronizadas (em respeito às pessoas, principalmente idosos e crianças), com lixo tendo destino correto, sem resíduos em terrenos baldios, em bueiros ou sendo queimando, no processo horroroso do coivarismo. Uma cidade sem vandalismo, sem pixações ou com patrimônio público arrebentado. Uma cidade com escolas com ar-condicionado, com clubes municipais, principalmente, nessas cidades quentes, do interior. Como seria bom.
Quem sabe um dia, a nossa cidadania avance e passe a conquistar tudo isso, mesmo com protestos e exigências mais contundentes.
Isso, todos sabem, pode ser aprendido. Na escola, na igreja, nos órgão públicos, no sindicato… Votar e exigir respeito ao voto, também é parte do aprendizado; o processo político precisa ser pedagógico, para que as pessoas não fiquem só votando e esquecendo em quem depositou, suas vontades e desejos. É preciso que a gente avance, enquanto pagador de impostos. A gente precisa exigir mais respeito, mesmo de forma ordeira e sem quebrar portas e computadores, dos órgãos de governo. Não. A força da cidadania vem da vivência, na cidade, para que todos possam saber do que que ela mais precisa. O caminho é esse!
João Teles de Aguiar é professor, historiador e integrante do Projeto Confraria de Leitura