“A insatisfação generalizada com o modelo arcaico e ineficiente imposto pelo governo petista encontrou em Ciro Gomes, por sua coragem, experiência e comprovada competência administrativa, uma das raras vozes capazes de catalisar o descontentamento popular”, aponta o sociólogo e professor João Arruda. Confira:
O dia 22 de outubro entrará para a história política do Ceará como a data que marcou o início da inflexão nos rumos da desastrada administração petista. E esse fato político, de grande significado simbólico, não ocorreu por acaso: foi resultado de uma combinação de fatores que, de forma crescente, feriam a consciência, a dignidade e a tolerância do cidadão cearense.
Pelas suas repercussões locais e nacionais, o ato de filiação de Ciro Gomes ao PSDB revelou-se mais do que um simples gesto partidário. Representou a consolidação de um sentimento difuso, porém cada vez mais intenso, de rejeição às práticas abusivas, clientelistas, patrimonialistas e caudilhescas que caracterizam o governo desastroso de Elmano de Freitas.
A insatisfação generalizada com o modelo arcaico e ineficiente imposto pelo governo petista encontrou em Ciro Gomes, por sua coragem, experiência e comprovada competência administrativa, uma das raras vozes capazes de catalisar o descontentamento popular. Sua presença no cenário político reacende a esperança de uma moralização da administração pública, da recuperação da segurança e, de forma definitiva, do resgate da autoestima do povo cearense.
Seu ato de refiliação ao PSDB, testemunhado por lideranças de diferentes partidos e correntes ideológicas, simboliza a formação de um bloco plural em torno de uma causa comum: romper o domínio político petista e restaurar no Ceará uma administração pública responsável, guiada por um projeto de desenvolvimento sólido, fundado na eficiência, responsabilidade fiscal e inclusão socioeconômica.
Essa convergência de forças, somada ao cansaço do eleitor diante de promessas vazias e projetos inconclusos, confere a Ciro Gomes um potencial real de vitória. Ele transforma a insatisfação popular em energia política transformadora, capaz de converter o sentimento difuso de oposição em esperança concreta de mudança e de um novo horizonte para o futuro do Estado.
Saí daquele ato com a convicção renovada de que a concorrida cerimônia de filiação ao PSDB representou, antes de tudo, um momento simbólico de virada política na história recente do Ceará. Ciro, que já governou o Estado com notável eficiência e deixou marcas indeléveis de realizações, como o Canal do Trabalhador — obra que evitou que a Região Metropolitana de Fortaleza enfrentasse a mais grave escassez hídrica de sua história —, ressurge agora como alternativa concreta ao modelo político do atraso, hoje personificado na figura do petista Elmano de Freitas.
A presença de quase uma dezena de partidos no ato de filiação de Ciro Gomes ao PSDB revela não apenas seu potencial de reunir forças, mas também sua extraordinária capacidade de mobilização política no Ceará. A amplitude das lideranças presentes, entre elas Tasso Jereissati, Roberto Cláudio, André Fernandes, José Sarto, Capitão Wagner, Alexandre Pereira, Elcio Batista e dezenas de parlamentares, incluindo quatro deputados do PDT , confirma que o ocorrido vai muito além de um simples retorno partidário: trata-se de um movimento amplo de convergência opositora, decidido a redirecionar o destino político e administrativo do Estado.
O significado político desse evento, realizado em pleno período de articulações para as eleições de 2026, evidencia que Ciro Gomes e as forças políticas que o cercam estão determinados a converter o descontentamento popular com o governo petista em um programa de reconstrução e esperança, pavimentando o caminho para uma vitória construída sobre propostas e resultados.
Carismático, experiente e dotado de reconhecida capacidade de diálogo, Ciro se destaca por transitar entre diferentes espectros partidários e aglutinar lideranças representativas de variados campos políticos e sociais. Tudo indica que ele não será um mero espectador da disputa que se aproxima, mas o grande protagonista dessa virada política que se desenha no horizonte cearense.
Por fim, a presença de Ciro e de seu bloco opositor sinaliza, de forma inequívoca, que a hegemonia petista no Ceará se aproxima do fim. O evento da quarta-feira, 22 de outubro, pode ser interpretado como o pontapé inicial de um novo projeto de poder, que se apresenta como alternativa viável e vigorosa ao modelo político esgotado do PT.
Para o eleitor que vive a frustração, o desânimo e a estagnação de um Estado paralisado, Ciro articula uma narrativa de esperança: a promessa de uma virada histórica, capaz de marcar o início de uma nova era para o Ceará.
João Arruda é sociólogo e professor aposentado da UFC
Ver comentários (6)
Só existe uma explicação para um professor chamar o desatrado, retrógrado e cangaceiro Ciro Gomes e seu desqualificado bloco de a poiadores de esperança, já ter se beneficiado e está em busca de novos favores.
Que agressão !
Lamentável.
E qual a explicação para “professores” defenderem corruptos e um presidente criminoso, julgado e condenado em todas as instâncias?
Qual a explicação de “professores” dentro de salas de aula fazerem apologia as drogas, a prostituição, endeusarem assassinos e político Ladrões envolvidos nos piores escândalos de corrupção ?
Qual a explicação de pessoas como vc sem o menor discernimento falarem mal de quem se une para derrubar este governo petista que só traz desgraça, corrupção e miséria?
Governo este que “se elegeu” com urnas eletrônicas programadas para eleger quem o sistema quer.
Qual a explicação para o Silêncio de “professores” que viram os aposentados serem de forma hedionda roubados… o Rombo do INSS tem o silêncio destes “professores” e quem cala consente.
E poderia passar a noite aqui citando os mais pustulentos absurdos que vem da parte de quem apoia este governo petista, onde o seu poderoso chefão defende os narcotraficantes e ainda tem a indecência de dizer que o traficante é Vítima. É muita bestialidade.
Parabéns meu amigo e irmão João Arruda.
Você sintetizou bem o pensamento do conservadorismo popular através do ex-ministro Ciro Gomes (PSDB).
A sua análise vai profundamente na essência da centro-direita cearense antipetista.
Luiz Cláudio Ferreira Barbosa é sociólogo e consultor político
Excelente análise, professor João Arruda! 👏
O texto expressa com clareza e profundidade o significado político da volta de Ciro Gomes e a esperança de renovação no Ceará. Parabéns pela lucidez e coragem na leitura do cenário atual!!
Cabe lembrar que até 1994 os servidores de categorias ditas mais simples como agentes de administração e auxiliares tinha uma tabela salarial praticamente igual em todas as referências de valor correspondente ao salário mínimo.
Mesmo com ascensão funcional continuavam com o mesmo salário.
Ciro Gomes estabeleceu uma política de valorização funcional que culminou com o salário da referência inicial de valor 40% maior que o salário mínimo, que era R$ 70,00.
Assim o vencimento inicial para aquela categoria era R$ 98,00 e as demais referências tinham incremento de 4%.
Hoje esses servidores voltaram a ter salário baixíssimo que não chega sequer ao valor do salário mínimo e recebem complementação para não ficar abaixo do mínimo.
Esse governo não paga bem a servidores humildes. E nas Universidades os antigos servidores técnicos administrativos são tratados diferentemente num absurdo ETARISMO.