O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), Ricardo Cavalcante, e o presidente da Confederação Nacional das Indústrias (CNI), Ricardo Alban, concederam uma entrevista coletiva nessa noite de segunda-feira, na Casa da Indústria. O objetivo foi expor detalhes da reunião da diretoria da CNI, que ocorrerá durane toda esta terça-feira, em Fortaleza.
Representantes das 27 federações do país participarão de atividades na sede do Sistema FIEC. Essas atividades incluem discussões sobre pautas de interesse do setor industrial, encontros dos conselhos temáticos e apresentações das ações da confederação.
“Para nós é uma honra receber os presidentes das federações de todos os estados brasileiros, o presidente Alban e toda a sua diretoria, que têm trabalhado diuturnamente para fortalecer cada vez mais a indústria. Estamos muito felizes em realizar aqui essa grande reunião da CNI, para discutir as pautas nacionais e também as questões do nosso estado”, destaca Ricardo Cavalcante.
Ricardo Alban aproveitou a coletiva para agradecer a recepção do presidente Ricardo Cavalcante e elogiou o protagonismo da Federação das Indústrias do Estado do Ceará na agenda da transição energética, destacando o papel do Nordeste e do Brasil na implantação do hidrogênio verde.
“O Ceará está se destacando na transição energética. Atualmente, temos mais de 20 projetos em andamento, com um investimento estimado de cerca de R$ 190 bilhões. O Norte-Nordeste do Brasil, com seus ventos, sol e potencial offshore, está muito bem posicionado para esse processo. O Complexo do Pecém e a Zona de Processamento de Exportação (ZPE) criam condições muito favoráveis”, destacou.
Ao ser questionado sobre os desafios da indústria nacional em relação à busca por soluções mais sustentáveis, o presidente da CNI enfatizou que o setor industrial é um grande colaborador na melhoria ambiental e na descarbonização, além de ser o principal gerador de oportunidades em tecnologia e inovação.
“Estamos não só descarbonizando nossa indústria e contribuindo para a descarbonização global, mas também aproveitando esse momento para comprovar que a indústria é um motor de desenvolvimento econômico e social. O desenvolvimento social só será garantido com o crescimento econômico”, complementou Alban.
Ricardo Cavalcante destacou que a FIEC tem investido fortemente na transição energética, tanto na atração de negócios relacionados ao hidrogênio verde quanto na formação e qualificação de mão de obra, visando garantir grandes projetos e crescimento econômico para o estado do Ceará.
“Estamos trabalhando intensamente no Ceará junto com todo o setor industrial. Temos hoje 14.500 indústrias no estado, empregando mais de 312 mil pessoas. Atualmente, há falta de mão de obra em alguns setores. O SESI e o SENAI estão envolvidos na qualificação. Para isso, precisamos estar atentos às mudanças globais e entender o que está acontecendo”, concluiu o dirigente da FIEC.