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Comissão Nacional de Anistia agenda um processo do Ceará para julgamento

Passeata contra a ditadura. Foto: Arquivo

A Comissaão Nacional de Anistia, organismo vinculado do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, incluiu, em sua pauta de julgamentos do próximo dia 25, um processo que diz respeito ao Ceará.

É o processo interposto por Mariana Cavalcante Ferreira, portadora de Síndrome de Down, nascida no exílio durante a ditadura militar.a

É fiiha de Ruth Cavalcante e João de Paula Ferreira, lideranças estudantis na segunda metade da década de 1960 no Estado, que foram presos e exilados políticos no Chile e Alemanha.

Mariana busca reconhecimento. Ela teve o pedido de registro de nascimento negado pelo Consulado brasileiro na cidade alemã onde nasceu.

Esse processo chegou a ser colocado em pauta na época do Governo Bolsoaro, mas acabou indeferido.

Dia da Mulher

Na pauta da Comissão Nacional da Anistia, haverá também, nessa data, uma homenagens a ex-presas políticas pelo Dia Internacional da Mulher.

Do Ceará, estão na lista:

*Helena Serra aAzul Monteiro. Militante da AP, foi para Pernambuco, onde atuavam as Ligas Camponesas.
Foi presa em 1969, grávida de dois meses. Seu filho nasceu na prisão, ali sendo batizado e permanecendo preso juntamente com a mãe. Após dois anos foi solta retornou a Fortaleza.

*Mércia de Vasconcelos Pinto

Em 1968, durante o XX Congresso da UNE, em Ibiúna, foi presa uma cela que era partilhada com outras estudantes e muitas prostitutas.Fui presa pela segunda vez, depois de uma passeata estudantil em Fortaleza. Em 1971 foi novamente presa e levada para Polícia Federal de Brasília. Liberta, retornou ao Ceará e seu casamento terminou. Outro golpe.

*Nancy Lourenço Soares (in memoriam)

Militante da Fração Bolchevique Trotskista, foi a primeira mulher a dirigir uma entidade estadual estudantil. Presidiu o Centro de Estudantes Secundaristas do Ceará. Presa no congresso de Ibiúna. em São Paulo, nos anos 1970, ficou oito meses encarcerada na ala feminina do Presídio de Tiradentes, na Torre das Donzelas.

*Jana Moroni Barroso (in memoriam)

Estudou Biologia na UFRJ. Era da juventude (PCdoB). Jana atuou na imprensa clandestina do partido. Em 21 de abril de 1971, mudou-se para a colonia Metade em São Domingos do Araguaia, no Pará. Foi professora de alfabetização para a população local e era conhecida como Cristina. Depois passou a integrar o Destacamento A, da Guerrilha do Araguaia.

Eliomar de Lima: Sou jornalista (UFC) e radialista nascido em Fortaleza. Trabalhei por 38 anos no jornal O POVO, também na TV Cidade, TV Ceará e TV COM (Hoje TV Diário), além de ter atuado como repórter no O Estado e Tribuna do Ceará. Tenho especialização em Marketing pela UFC e várias comendas como Boticário Ferreira e Antonio Drumond, da Câmara Municipal de Fortaleza; Amigo dos Bombeiros do Ceará; e Amigo da Defensoria Pública do Ceará. Integrei equipe de reportagem premiada Esso pelo caso do Furto ao Banco Central de Fortaleza. Também assinei a Coluna do Aeroporto e a Coluna Vertical do O POVO. Fui ainda repórter da Rádio O POVO/CBN. Atualmente, sou blogueiro (blogdoeliomar.com) e falo diariamente para nove emissoras do Interior do Estado.

Ver comentários (2)

    • As outras conheci mas Jana Moroni Barroso era minha prima e o pai dela era Benigno Girão Barroso q morava em Petrópolis q teve infelizmente a Casa da Mortes e irmão do Antônio Girão Barroso !?

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