A Secretaria da Saúde de Fortaleza passou a ofertar desde fevereiro deste ano o implante subdérmico para crianças e adolescentes com idades entre 10 anos a 19 anos, nas maternidades e postos de saúde. Mas, somente esta semana o caso ganhou repercussão nacional quando os métodos contraceptivos atingiram 621 implantes.
O jornal Correio Braziliense trouxe nessa quinta-feira (21) a fala da senadora Damares Alces (Republicanos-DF) que diz não entender a decisão da Prefeitura de Fortaleza.
“Anticoncepcional é prescrito para não conceber. Se concebe tendo relações sexuais. Quando eu dou um anticoncepcional para uma menina de 10 anos, eu estou querendo que ela não conceba. Portanto, eu estou admitindo que ela está tendo relações sexuais. Essa medida é tão somente o Estado assumindo sua falência e seu fracasso no enfrentamento à erotização e à sexualização precoce de crianças e adolescentes”, aponta a senadora.
Já o Portal Agora RN disse nesta sexta-feira (22) que aguarda por parte da secretaria municipal o número de meninas com 10 anos de idade que receberam o contraceptivo.
No Ceará, o deputado federal André Fernandes (PL) afirmou que Fortaleza está na contramão da luta do país contra a adultização de crianças, que passaram a ser vistas como “cobaias hormonais”.
O que diz a Prefeitura de Fortaleza?
A Secretaria Municipal da Saúde afirma que o implante subdérmico está disponível para puérperas adolescentes (10 a 19 anos) no pós-parto, nas maternidades Gonzaguinhas da Barra do Ceará e José Walter, pois o método é recomendado para essa faixa etária devido à segurança, alta eficácia e praticidade, já que não exige uso diário.