Com o título “De boquinha na garrafa à sessões desrespeitosas, Congresso envergonha o Brasil”, eis o título da coluna “Fora das 4 Linhas”, assinada pelo jornalista Luiz Henrique Campos. “O Brasil tem baixado os índices de desemprego, aumentado o PIB ano a ano, o dólar baixou, a inflação dá sinais de melhora, mas esses representantes continuam apostando no caos, como se quando vierem a assumir o governo não precisassem administrar esse caos”, expõe o colunista.
Confira:
O mais novo episódio de desrespeito à ministra Marina Silva protagonizado agora na Câmara dos Deputados, vai enfileirando os exemplos que a atual legislatura do Congresso Nacional vem oferecendo à população brasileira, onde já se inclui desde a self de um senador bajulando influenciadora de bets, até o presidente da Câmara tomando whisky na boquinha da garrafa.
Por tudo que se viu nesses dois anos e meio, não resta dúvida para analistas e políticos experientes, de que temos uma das mais desqualificadas representações do Congresso Nacional dos últimos tempos. Ressalte-se por necessário, que a última eleição ofereceu renovação de 40% na Câmara e 38,5 no Senado, com o perfil da composição sendo majoritariamente conservadora, empossando numerosa bancada de direita e centro-direita. Já no Senado, dos 13 senadores que tentaram a reeleição em 2022, apenas 5 conseguiram voltar.
E é justamente esse perfil que chama a atenção, pois por definição, os conservadores se vangloriam de serem pró-família e tementes a Deus. O que se tem visto, todavia, é uma penca de parlamentares, que a julgar pelo que fazem, imagine-se do que são capazes em suas casas e igrejas, pois como diz o ditado, o costume de casa vai à praça. Infelizmente, é essa mesma representação que agora empareda o governo sob todas formas, usando de todos os subterfúgios de que dispõem, seja no Parlamento ou nas redes sociais, para promoverem os seus interesses.
Esquecem ou fazem questão de não lembrar esses lúgubres personagens, que o país e a sociedade precisa do Congresso para ajudar a melhorar as condições de vida das pessoas e não para servir de antessala para a concretização de seus objetivos inconfessos. O Brasil tem baixado os índices de desemprego, aumentado o PIB ano a ano, o dólar baixou, a inflação dá sinais de melhora, mas esses representantes continuam apostando no caos, como se quando vierem a assumir o governo não precisassem administrar esse caos.
Poderiam esses representantes voltar no tempo e ver o que se deu com o governo Michel Temer, que diante das pautas bombas que precisou gerir ao substituir Dilma Rousseff, saiu com 7% de aprovação, pela porta dos fundos, assim como seus principais apoiadores, hoje renegados ao limbo da história.
*Luiz Henrique Campos
Jornalista e titular da coluna “Fora das 4 Linhas”, do Blogdoeliomar.