“Trabalhador melhor atendido em seus direitos e mais respeitado, produz mais e melhor”, aponta o professor e historiador João Teles
Confira:
A internet está cheia. Todo mundo negando o óbvio, ululante. Sorte tem quem está do lado certo da História, que não tem que se levantar, todos os dias, tendo que inventar mais uma mentira, pra encobrir as outras.
No caso da Escala de Trabalho 6 X 1, também não é diferente. Muita lorota é contada, para negar ao trabalhador, o fim dessa desumanidade. Pouca gente, poucos empresários investem em seu trabalhador e pensa em uma vida mais prazerosa, para ele e para os seus entes queridos.
Mas a gente sabe: trabalhador melhor atendido em seus direitos e mais respeitado, produz mais e melhor.
Mais tempo, em casa, traria: o “Fortalecimento dos laços familiares; a melhoria na saúde; a diminuição do estresse; a melhoria da autoestima; a oportunidade de conhecer pessoas com os mesmos objetivos; a melhoria do humor; o relaxamento dos problemas diários e do trabalho; a melhoria na relação do casal”, etc. Ensina o site Ação AVC.
E vai além, quando mostra, também: “Jogos tradicionais (dominó, baralho, xadrez, damas), alimentar animais, cuidar das plantas ou do jardim, dançar, ouvir músicas preferidas, cantar, receber amigos e familiares, caminhar, ir à praia ou olhar o mar”, como atividades importantes e edificantes, para um dia a dia mais prazeroso.
É por aí, basta usar a inteligência, para descobrir outras formas de se dar bem na vida, e de viver melhor e de forma mais agradável. E pra isso acontecer, basta bom senso e uma relação de trabalho mais respeitosa. O empresário, para isso, não precisa deixar de ganhar e de enricar. Parte diminuta do seu lucro já resolveria muita coisa.
O site já citado fala, também, “A Organização Mundial Saúde (OMS) define a família, como o contexto de promoção da saúde e redução da doença, onde desde que nascem, os indivíduos desenvolvem crenças e comportamentos de saúde.” E vai além: “Vale lembrar da importância que a família nos traz, pois é o primeiro ambiente, no qual compartilhamos nossas alegrias, brigas e nossas decepções. Na família também aprendemos a ceder, aprendemos a negociar, apresentar nossos pontos de vista (…).”
Ou seja, para o trabalhador é importante demais, estar ao lado dos seus, para que possa construir relações relevantes e duradouras. Daí a importância, também do tempo livre das amarras, do trabalho cotidiano.
João Teles de Aguiar é professor, historiador e integrante do Projeto Confraria de Leitura
