De estacionar no pátio da Polícia Federal a deixar as dependências da unidade, no Rio de Janeiro, na manhã desta terça-feira (30), o vereador Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, não passou mais que 45 minutos.
Caso tivesse prestado depoimento, o parlamentar alvo na operação da PF Vigilância Aproximada, que investiga o uso indevido da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para monitorar ilegalmente autoridades públicas e adversários políticos, teria utilizado menos de meia hora para todos os esclarecimentos da Polícia Federal.
Para um especialista em Segurança Pública, ouvido pelo Blog do Eliomar, Carlos Bolsonaro provavelmente tenha se valido do direito ao silêncio, quando todas as perguntas teriam sido feitas, mas todas ou quase todas se valeram do resguardo ao silêncio.
O provável silêncio nas dependências da Polícia Federal seria uma contradição ao barulho de Carlos Bolsonaro nas redes sociais, momento antes de se dirigir ao depoimento.
Em postagens, o filho do ex-presidente disse “Atualizando: indo depor por causa disso aqui. Qualquer outra linha de desinformação diferente disso é mais uma FAKENEWS!”, ao se referir a uma crítica contra a justiça, que não atuaria ou investigaria postagens de incitação à violência contra o então presidente Bolsonaro. (Com Agências)
DETALHE – O grupo no Whatsapp utilizado por Carlos Bolsonaro, na defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro, traz indevidamente a imagem e o título da ex-primeira-ministra britânica Margaret Thatcher, morta há quase 9 anos. A não permissão da família para o uso da imagem de Thatcher não seria fake news?