A ativista negra Vanessa Brasil foi detida pela Polícia de Santa Catarina, nesta sexta-feira (19), na Praça XV de Novembro, no Centro de Florianópolis, quando panfletava contra o fim das cotas raciais nas universidades estaduais. Ela foi surpreendida pela professora de História e deputada estadual Ana Campagnolo (PL), que não gostou de ter seu nome citado na panfletagem entre os parlamentares que votaram pelo fim das cotas.
Esposa do capitão PM Thiago Galvão, a deputada disse para a ativista que chamaria a Polícia, enquanto Vanessa Brasil alegava que em nenhum se dirigiu à parlamentar, tampouco a confrontou.
Com a chegada da Polícia, a ativista passou a afirmar que se sentia coagida, enquanto os policiais tentavam confundi-la ao perguntar o que ele entendia por coação (ato de constranger ou forçar alguém, usando violência física ou psicológica – ameaça -, para que pratique ou deixe de praticar um ato contra a sua vontade).
Vanessa Brasil foi conduzida a uma delegacia, mas o delegado não encontrou elementos para uma autuação.
O Blogdoeliomar procurou as redes sociais da deputada Ana Campagnolo, como forma de publicar a versão da parlamentar, mas não houve manifestação no Instagram, enquanto o Twitter foi apagado, depois que a deputada fez apologia à maconha e disse que queria ganhar muito dinheiro com pouco trabalho.
O espaço segue aberto para a parlamentar catarinense.
DETALHE – Depois que o suposto empresário Renê da Silva Nogueira Junior pegou a arma da esposa e delegada Ana Paula Balbina para assassinar em agosto o gari Laudemir de Souza Fernandes, em uma discussão de trânsito, agora é a professora que se faz valer da patente do marido para submeter policiais militares.