O deputado fedreal Antonio Carlos Rodrigues (PL-SP) foi o único da bancada do Partido Liberal a não assinar o pedido de urgência para o projeto que prevê anistia aos condenados pelos ataques de 8 de janeiro. O posicionamento o isolou dentro da legenda que hoje é a principal base de apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro, mas também jogou luzes sobre sua trajetória política anterior à chegada dos bolsonaristas ao partido.
Em discurso da tribuna da Câmara, na terça-feira (15), Rodrigues reagiu às críticas feitas por aliados de Bolsonaro ao seu posicionamento contrário à anistia. Ele destacou sua independência e disse que não se guia por pressões, circunstâncias e nem por apelos de ocasião. “Sou Procurador de carreira, não venho aqui apertar botão. E quero deixar claro, eu estou no PL há mais de 25 anos. Todas as posições que eu tive na minha vida política foram pelo meu partido. Não são os que chegaram agora que vão ditar regras para mim. Não vão ditar, não! Eu sou do PL de origem, o PL que eu construí, ajudei a fundar”, declarou.
Rodrigues criticou o radicalismo dos bolsonaristas. “Vocês estão enganados, mas muito enganados mesmo, com o que ficam falando, porque o nosso partido já foi também Situação. Nós tivemos o vice-presidente da República no governo Lula [José de Alencar]. Eu não rasgo o meu passado, não. Eu não rasgo. Vocês que chegaram têm que saber como era o PL”, afirmou.
(Com site Congresso em Foco)