O documentário “Amilton Melo – ídolo de todos” foi selecionado para a Mostra Competitiva Internacional do Cinefoot 2024. O festival ocorrerá de quinta até 30 de abril, no Rio de Janeiro, com entrada franca. O melhor filme, conforme votação popular, levanta a Taça Cinefoot. A película narra as glórias e dramas do meio-campista, apontado como um dos maiores jogadores cearenses em todos os tempos, campeão por times históricos de Ferroviário, Fortaleza e Ceará em apenas nove anos de uma carreira marcada por gols, títulos e polêmicas.
A direção é do jornalista Ciro Câmara e do documentarista Vinicius Augusto Bozzo, numa produção da Sinfonia Filmes, em associação com a MT Vídeo Produções e coprodução com a TV Verdes Mares. A avant-premiére do filme ocorreu em 25 de março do ano passado, com exibição simultânea em duas salas do cinema do Shopping RioMar Fortaleza. Desde então, o filme participa de festivais, como o Cine Ceará e o Tercer Tiempo (Colômbia); foi exibido na TV Verdes Mares, e, em breve, deve ser disponibilizado via streaming.
“O Cinefoot é a referência no audiovisual para o que é realizado não só no Brasil, como no mundo. Então, ser escolhido para o festival, em especial para a Mostra Competitiva, representa uma espécie de selo de qualidade para o nosso filme. É realmente um orgulho estar entre os seis finalistas e saber que a história do Amilton Melo vai ser levada para o público especializado de todo o mundo”, destaca Ciro Câmara.
“Futebol e cinema quando unidos tem um enorme potencial, e levar o nosso estado para o Cinefoot é uma prova que essa mistura é capaz de fazer o público ir até o cinema e consumir produções audiovisuais genuinamente brasileiras”, reforça Vinicius
“Amilton Melo – ídolo de todos” é baseado na autobiografia do ex-jogador e contou com entrevistados como o cantor e compositor Raimundo Fagner, os ex-jogadores Zico, Sérgio Rêdes, Edmar Araújo e Marco Aurélio, os dirigentes Marcelo Paz, Evandro Leitão, Renan Vieira e Castelo Camurça, o pesquisador Evandro Ferreira Gomes, e cronistas como Tom Barros, Wilton Bezerra e Júlio Sales, além de familiares de Amilton.
Nos 75 minutos de projeção a trama percorre não apenas a carreira de Amilton. Reflete sobre o esporte na década de 1970, o preparo psicológico do atleta para o fim da carreira, as diversas facetas do Amilton pós-futebol e o fim trágico dele, morto em 1997.
Amilton Melo
Nascido no distrito de Sucesso, em Tamboril, em 1949, Amilton Melo chegou em Fortaleza ainda criança. Iniciou os bate-bolas nas ruas do Parque Araxá e, em pouco tempo, já despontava como promessa no futebol de salão. A passagem para o campo foi natural. Mesmo como juvenil, disputou partidas oficiais pelo Guarany de Sobral e América em 1967. Em uma delas, a preliminar de um amistoso do Fluminense no PV, fisgou as atenções de ninguém menos que Telê Santana, treinador do Tricolor.
Foram dois anos pelo Fluminense e o retorno ao Ceará para assinar contrato com o Ferroviário, em 1970. Foi campeão pelo Tubarão naquele ano. Depois de três anos na Barra do Ceará – com breve passagem pelo Atlético Mineiro – assinou com o Fortaleza. Integrou o time bicampeão estadual em 1974, quando formou o histórico Quadrado de Ouro. Em 1977, deixou o Pici e rumou para Porangabuçu, onde foi peça importante no time tetracampeão cearense em 1978. Descontente por não ter o contrato renovado imediatamente, encerrou a carreira poucos meses após o título, tendo experimentado breve retorno aos gramados em 1990, pelo Calouros do Ar. Amilton atuou ainda nos ramos de construção civil, bancário, como comentarista de rádio e TV, e também como cantor e compositor.
Amilton Melo – ídolo de todos
Documentário: 2023
Idioma: português
Duração: 75 minutos
Produção: Sinfonia Filmes
Associação: MT Vídeo Produções
Direção: Ciro Câmara e Vinicius Augusto Bozzo
Produção executiva: Christiano Camilo, Sandro Camilo Carvalho e Priscille Gomes
Direção de Fotografia: Cristiano Freitas
Roteiro: Ciro Câmara e Vinicius Augusto Bozzo (ABRA)
Trilha Sonora Original: Alan Kardec Filho
Edição: Vinicius Augusto Bozzo (EDT)
Os demais longas selecionados são:
– A Última Partida. Dir. Jordi Marcos (Espanha)
– As Primeiras. Dir. Adriana Yañez (Brasil)
– Bola pro Alto! Dir. Cecília Lang (Brasil)
– Diamante. Dir. Georg Nonnenmacher, Ingo Haeb, Karin Berghammer (Alemanha/Áustria)
– Lucy – O Destino de uma Pioneira. Dir. Roberto Pili (Itália).