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“Eficiência preserva vidas”

Tales de Sá Cavalcante, reitor da FBUni e presidente da ACL. Foto: POVO

Com o título “Eficiência preserva vidas”, eis artigo de Tales M. de Sá Cavalcante, reitor do FB Uni, diretor-geral da Organização Educacional Farias Brito e presidente da Academia Cearense de Letras. “Inaugurada em 1961, com 140 m de vão livre, à época o maior do planeta em concreto armado e protendido, a ponte tombou recentemente, apesar de vários avisos. Ao cair, deixou 14 mortos e 3 desaparecidos, segundo a mídia. E, paradoxalmente, possui um nome que lembra eficiência: Juscelino Kubitschek”, observa o articulista.

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O ex-presidente Juscelino Kubitschek revelou-se pela ousadia e eficiência na construção de Brasília, em seu plano de metas e no projeto em parceria com Oscar Niemeyer em Pampulha, que se tornou Patrimônio da Humanidade. Em tempos de perpendicularismo, as curvas foram exaltadas em Pampulha, e explicou Niemeyer: “Não é o ângulo reto que me atrai, nem a linha reta, dura, inflexível, criada pelo homem. O que me atrai é a curva livre e sensual, a curva que encontro nas montanhas do meu país, no curso sinuoso dos seus rios, nas ondas do mar, no corpo da mulher preferida. De curvas é feito todo o universo, o universo curvo de Einstein.”

Ao homenagear o ex-presidente JK, disse o quase presidente Tancredo Neves: “O exílio é o preço que os grandes homens pagam para conseguir um lugar no coração do povo.” E, ao citar Shakespeare, afirmou: “Dos nobres era o mais nobre. A sua vida era pura. Os elementos que compunham o seu ser de tal forma nele se conjugavam, que a Natureza inteira poderia levantar-se e bradar ao universo: ‘Aqui está um homem.’” Será que o ser de cada um dos responsáveis pela recente queda da ponte entre Tocantins e Maranhão diz “Aqui está um homem”?

Inaugurada em 1961, com 140 m de vão livre, à época o maior do planeta em concreto armado e protendido, a ponte tombou recentemente, apesar de vários avisos. Ao cair, deixou 14 mortos e 3 desaparecidos, segundo a mídia. E, paradoxalmente, possui um nome que lembra eficiência: Juscelino Kubitschek. Hoje, uma em cada cinco unidades de nosso país, entre viadutos e pontes, requer inspeções, manutenções e ações periódicas, a evitar sobrecarga e deterioração estrutural.

As estradas privatizadas vão bem. Que tal fazermos o mesmo nas pontes? Para o notável economista John Keynes, “não cabe ao governo fazer um pouco melhor ou um pouco pior o que outros podem fazer, e sim o que ninguém pode fazer”. Os brasileiros, reais proprietários da ponte, tiveram um grande prejuízo econômico e a perda impagável de vidas humanas, de vez que, se procurássemos um numeral para expressar o valor que um inocente perde ao esvair-se sua vida, chegaríamos ao infinito.

*Tales M. de Sá Cavalcante

Reitor do FB Uni, Diretor-Geral da Org. Educ. Farias Brito e Presidente da Academia Cearense de Letras
tales@fariasbrito.com.br

 

Eliomar de Lima: Sou jornalista (UFC) e radialista nascido em Fortaleza. Trabalhei por 38 anos no jornal O POVO, também na TV Cidade, TV Ceará e TV COM (Hoje TV Diário), além de ter atuado como repórter no O Estado e Tribuna do Ceará. Tenho especialização em Marketing pela UFC e várias comendas como Boticário Ferreira e Antonio Drumond, da Câmara Municipal de Fortaleza; Amigo dos Bombeiros do Ceará; e Amigo da Defensoria Pública do Ceará. Integrei equipe de reportagem premiada Esso pelo caso do Furto ao Banco Central de Fortaleza. Também assinei a Coluna do Aeroporto e a Coluna Vertical do O POVO. Fui ainda repórter da Rádio O POVO/CBN. Atualmente, sou blogueiro (blogdoeliomar.com) e falo diariamente para nove emissoras do Interior do Estado.

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