Com o título “Eleições 2024: um termômetro para a democracia e a renovação política no Brasil”, eis artigo de Charline Costa Pinho, graduada em Pedagogia e tutora dos cursos de pós-graduação na área de Segurança Pública no Centro Universitário Internacional – (UNINTER). “Em muitas cidades, há uma demanda crescente por novos nomes e novas ideias, em oposição à manutenção de grupos políticos tradicionais que, por vezes, perpetuam práticas clientelistas e pouco transparentes.”, expõe a articulista.
Confira:
As eleições de 2024 no Brasil estão marcadas por uma série de fatores que revelam tanto desafios quanto oportunidades para o fortalecimento da democracia no país. Com um cenário político ainda polarizado, as disputas municipais ganham um caráter que vai além das questões locais, refletindo também as tensões e expectativas nacionais.
Um dos aspectos mais notáveis dessas eleições é a importância crescente das redes sociais e da tecnologia no processo eleitoral. As campanhas estão cada vez mais digitais, e o uso de ferramentas de análise de dados e segmentação de eleitores pode influenciar decisivamente o resultado das urnas. No entanto, esse avanço tecnológico traz consigo preocupações sobre a disseminação de desinformação e a manipulação da opinião pública. A justiça eleitoral e a sociedade civil terão um papel crucial na fiscalização e no combate a essas práticas, garantindo que o processo seja justo e transparente.
Outro ponto relevante é a diversidade de candidaturas que começam a surgir. Embora o Brasil ainda tenha um longo caminho a percorrer em termos de representatividade, observa-se um aumento na presença de mulheres, pessoas negras, e membros da comunidade LGBTQIA+ entre os candidatos. Esse movimento é fundamental para a construção de um sistema político que reflita a diversidade da sociedade brasileira e possa responder de maneira mais adequada às necessidades de todos os cidadãos.
As eleições de 2024 também serão um teste para a capacidade de renovação política no Brasil. Em muitas cidades, há uma demanda crescente por novos nomes e novas ideias, em oposição à manutenção de grupos políticos tradicionais que, por vezes, perpetuam práticas clientelistas e pouco transparentes. Essa busca por renovação, no entanto, deve ser feita com cautela, evitando o surgimento de figuras que possam trazer retrocessos em direitos e políticas públicas conquistadas há tempos e com tanto esforço.
O contexto econômico do país é outro fator que influenciará diretamente o processo eleitoral. Com o aumento da inflação e o impacto da pandemia, ainda sendo sentidos, as questões econômicas estão no centro dos debates. Os eleitores estão atentos às propostas dos candidatos para a geração de empregos, a melhoria dos serviços públicos, e a gestão dos recursos municipais. A habilidade dos candidatos em apresentar soluções viáveis e sustentáveis para esses desafios são determinantes para o sucesso nas urnas.
Por fim, as eleições de 2024 no Brasil serão um momento crucial para a democracia, onde os eleitores terão a oportunidade de definir os rumos das cidades e, por extensão, do país. Será necessário um esforço conjunto para garantir que o processo eleitoral seja conduzido de maneira justa, transparente e inclusiva, permitindo que a vontade popular seja efetivamente respeitada e que o Brasil continue a trilhar o caminho de um futuro mais justo e democrático.
*Charline Costa Pinho
Graduada em Pedagogia e tutora dos cursos de pós-graduação na área de Segurança Pública no Centro Universitário Internacional – (UNINTER).