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“Eles são muitos, mas não podem voar” – Por Nilton de Sousa

“Não iremos tolerar governos perdulários que só arrecadam para garantir empregos na máquina pública para seus aliados”, aponta o professor aposentado Nilton de Sousa

Confira:

O povo na rua, no domingo, contra a PEC da Blindagem e o PL da Anistia, não foi um cheque em branco para o governo do PT.

Não foi um ato de apoio ao governo Lula e seus aliados.

Se essa for a leitura do governo e daqueles que com ele se abrigam em trincheiras de contraposição à direita e às correntes bolsonaristas, vão quebrar a cara.

A sabedoria popular diz que o “pau que dá em Chico, dá em Francisco”.

O despertar do povo que foi às ruas precisa ser entendido como um sinal de alerta para alguns da classe política que estão se achando acima do bem e do mal.

O compositor cearense Ednardo já havia dito em “Pavão Mysterioso” que “eles são muitos, mas não podem voar”.

E é essa lição que serve pros dois lados que, posicionados nessa polarização doentia que está levando o Brasil a um quadro de insanidade, estão esquecendo que a paciência da população tem limites.

“Pavão Mysteriozo” sempre soou como um hino de resistência, um hino contra a repressão aos nobres valores da esperança e do sentimento de dignidade.

E fica claro que quem quiser surfar nessa onda de indignação, explicitada nas manifestações que varreram o País, pode ter mais prejuízos políticos do que ganhos efetivos.

A leitura é simples e direta. O povo brasileiro, convocado por figuras que se notabilizaram desde a luta contra o regime militar implantado há mais de 60 anos, mostrou que não foge à luta.

O povo está vigilante sim. Não aceita a bandalheira da impunidade nem a anistia aos golpistas.

Mas, seguramente, também não está disposto a abrir mão de bandeiras que nos são caras historicamente.

A valorização do movimento desse domingo é para deixar consolidado que estamos convictos de que a Nação espera compromissos efetivos com os verdadeiros interesses nacionais.

Não aceitaremos menos que o respeito aos aposentados. Não iremos tolerar governos perdulários que só arrecadam para garantir empregos na máquina pública para seus aliados. Não queremos tergiversação na condução de reformas que melhorem as condições de vida da nossa gente. Tampouco vamos tolerar alianças espúrias que, em nome de uma tal governabilidade, expõe as vísceras de uma coalizão nefasta e imoral nas estruturas de governo.

Cobramos política econômica que gera emprego e renda para as novas gerações.

Fica pregado o aviso: o povo brasileiro quer mais. E deu provas de que está disposto a ir buscar até na marra, se for o caso!!!

Nilton de Sousa é professor aposentado

Eliomar de Lima: Sou jornalista (UFC) e radialista nascido em Fortaleza. Trabalhei por 38 anos no jornal O POVO, também na TV Cidade, TV Ceará e TV COM (Hoje TV Diário), além de ter atuado como repórter no O Estado e Tribuna do Ceará. Tenho especialização em Marketing pela UFC e várias comendas como Boticário Ferreira e Antonio Drumond, da Câmara Municipal de Fortaleza; Amigo dos Bombeiros do Ceará; e Amigo da Defensoria Pública do Ceará. Integrei equipe de reportagem premiada Esso pelo caso do Furto ao Banco Central de Fortaleza. Também assinei a Coluna do Aeroporto e a Coluna Vertical do O POVO. Fui ainda repórter da Rádio O POVO/CBN. Atualmente, sou blogueiro (blogdoeliomar.com) e falo diariamente para nove emissoras do Interior do Estado.

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