“Nesse fim de semana de convenções partidárias, ao me apontar como candidato de Bolsonaro, Elmano de Freitas perguntou, de cima de um palanque, o que Bolsonaro teria feito por Fortaleza”, aponta o candidato do PL a prefeito de Fortaleza, André Fernandes.
Confira:
Confesso que não me surpreendi com as declarações do governador Elmano de Freitas, nesse fim de semana de convenções partidárias, contra o presidente Bolsonaro, quando me apontou como representante nas eleições de Fortaleza do grupo político que esteve à frente do Palácio do Planalto, no período 2019/2022. Mas, me causou estranheza o fato de um governante de Estado não possuir a dimensão de um governo para todos, assim como fez o presidente Bolsonaro, assim como deve ser feito em respeito à população.
De forma histérica, Elmano de Freitas perguntou, de cima de um palanque, o que Bolsonaro teria feito por Fortaleza. Eu não sou da articulação política do governador do Ceará, tampouco da sua assessoria de comunicação, mas vou tentar ajudá-lo a não pagar mais mico em seus próximos discursos eleitoreiros.
Para começar, o governador tem que entender a dimensão do papel do governante, quando atesta que sequer compreende das suas atribuições e responsabilidades, enquanto chefe do executivo do Ceará. Pior, Elmano de Freitas coloca que não é governador de todos, principalmente dos municípios aos quais o prefeito não pertenceria à sua base política. Fortaleza é hoje exemplo dessa prática revanchista do PT, quando eu, deputado federal André Fernandes, tive que destinar R$ 8,9 milhões ao Fundo Municipal de Saúde de Fortaleza, quando o prefeito acusou o Estado de corte de verbas à saúde do município.
Sim! Destinei verbas parlamentares para Fortaleza e municípios administrados pelo PT. Eu faço oposição ao prefeito de Fortaleza e ao PT, mas não faço oposição ao povo fortalezense, tampouco à população cearense.
Assim também fez Bolsonaro, quando destinou R$ 88 bilhões para os governadores do Nordeste, sendo a maioria do PT. Foram R$ 8 bilhões para a saúde, R$ 40 bilhões para a operações com facilitação de créditos, R$ 16 bilhões para o FPE e para o FPM, R$ 2 bilhões para a assistência social, R$ 12,6 bilhões para a suspensão das dívidas dos estados com a União, além de R$ 9,6 bilhões para renegociação de estados e municípios com bancos. O próprio Camilo Santana, então governador do Ceará, se mostrou satisfeito, na época, com o presidente Bolsonaro, ao declarar, em entrevista, que Bolsonaro “vai enviar não só recursos financeiros, mas também adquirir insumos e produtos aqui no Brasil”.
Ao entender que a abrangência de um mandato de presidente da República mandaria asfaltar uma rua de Fortaleza ou reformar um posto de saúde, Elmano de Freitas não enxerga que o fortalezense conseguiu colocar mais comida na mesa, quando deixou de pagar DPVAT, quando melhorou sua renda com a desburocratização na abertura de um negócio próprio, quando a gasolina tinha um preço abaixo do praticado atualmente, quando o suado salário não era levado pela onde da criminalidade que hoje impera no país, principalmente no Ceará.
O governador do Estado também não consegue alcançar que a transposição das águas do São Francisco, obra então parada e concluída pelo presidente Bolsonaro, colocará na mesa do fortalezense frutas, verduras e cereais mais baratos, além de peixes, frangos e carnes vermelhas. A demanda também proporcionará novos empregos.
Mas esse alcance seria pedir muito de um governante que estufa o peito e brada ser “zero” o benefício de Bolsonaro para Fortaleza.
André Fernandes é candidato a prefeito de Fortaleza pelo PL