Um levantamento da Associação dos Notários e Registradores do Ceará (Anoreg-CE) aponta que o Ceará realizou mais casamentos entre homens do que entre mulheres, nos últimos 10 anos, desde quando o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou a Resolução nº 175, legalizando esse ato por meio dos cartórios. Nesse período, o Ceará oficializou 5.172 casamentos homoafetivos, dos quais 2.780 entre homens e 2.392 entre mulheres.
“Os cartórios têm desempenhado um papel social muito importante, além de desafogar o judiciário brasileiro. Ao observar a evolução dessa estatística, ano a ano, com exceção de 2014, que até agora foi o maior pico e tendo os homens como protagonistas, a média tem ficado entre 150 e 200 casamentos homoafetivos por ano no Ceará”, apontou Priscila Aragão, diretora de Comunicação da Anoreg-CE e titular de Registro Civil de Granja.
O Congresso Nacional segue discutindo uma proposta que contraria a atual jurisprudência no país. Aprovada em março deste ano pela Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara dos Deputados, a proibição do casamento homoafetivo será analisada também pelas comissões de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Se a matéria avançar, seguirá para o Senado.
