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Em SP, Grito dos Excluídos questiona invisibilidade dos vulneráveis

Ato denunciou exclusão da população em situação de rua e carcerária

A 30ª edição do Grito dos Excluídos, realizada na manhã deste sábado (7), feriado do Dia da Independência, questionou a invisibilidade das pessoas em situação de vulnerabilidade. O ato teve como tema “Todas as Vidas Importam, mas Quem se Importa?”Blog do EliomarBlog do Eliomar

Desde as 8h, moradores de rua, religiosos, militantes, imigrantes, membros de movimentos sociais e sindicais começaram a se reunir na Praça da Sé, na capital paulista, para pedir urgência no atendimento das necessidades dos excluídos, como a população em situação de rua e a carcerária.

“Estamos aqui denunciando a exclusão social e ao mesmo tempo sendo um sinal de resistência na construção de uma sociedade justa, igualitária, fraterna, e solidária. Lembramos sempre a necessidade de a gente ter um novo modelo [de sociedade]. Esse modelo não nos serve”, disse Paulo Pretini, que participa da organização do ato em São Paulo.

“É inaceitável conviver com pessoas tendo dificuldade para se alimentar, dificuldade para moradia, para ter trabalho, a gente precisa de fato criar uma outra sociedade muito mais fraterna e solidária”, acrescentou.

Entre os movimentos sociais presentes estavam a Central de Movimentos Populares (CMP), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o Movimento dos Atingidos Por Barragens, a Pastoral dos Moradores de Rua, a Marcha Mundial das Mulheres, e a Central Única dos Trabalhadores (CUT).

“A gente precisa de políticas públicas efetivas para essa população, para os excluídos, que façam um enfrentamento, que barrem que a pobreza chegue à extrema pobreza”, destacou Luciana Carvalho, da Rede Rua.

“A população de rua não está só à margem da sociedade, essas pessoas não acessam a sociedade. E, além de a sociedade não se importar com elas, as criminaliza, vilipendia seus direitos”, acrescentou.

Para a religiosa Petra Silvia Pfaller, da Pastoral Carcerária, a situação é ainda pior para aqueles que estão no sistema prisional e que não têm como se manifestar. “Trazemos hoje aqui o grito das pessoas que estão encarceradas, quase 1 milhão de pessoas que não podem vir para gritar, dizer que eles passam fome, espancamento, tortura, falta de acesso à saúde, falta de lugar para dormir, falta de acesso à Justiça. É um povo altamente abandonado pelo preconceito”, disse.

(Agência Brasil)

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