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Entendendo o Mercado de Derivativos sem Complicações – por Fabiano Mapurunga

Hoje vamos tratar de um tema que possui grande envergadura no mercado financeiro, mas que ainda é pouco conhecido pela grande maioria dos empresários, e dos profissionais que gerenciam os fluxos de caixas das empresas. Vamos falar de Derivativos.

Os derivativos têm um papel muito relevante no mercado financeiro, a partir do momento que os mesmos permitem que os investidores ocupem uma posição de especulador, bem como possam se proteger frente a um dado risco eminente de mercado. Seu uso aqui no Brasil vem cada vez mais ganhando volume. Sua principal função é a proteção de contratos (também chamada de hedge), de dívidas e de fluxos de caixas, contra possíveis depredações ocasionadas pela variação cambial, ou quaisquer outros tipos de variáveis econômicas, de uma maneira que possibilite estabelecer uma certa previsibilidade ao balanço das empresas.

Vejamos que, atualmente passamos por uma forte oscilação do dólar, de sorte que tal situação impacta na previsibilidade de caixas das empresas, que dependem desta moeda em seu ciclo financeiro, por tanto, uma estratégia bem conveniente, seria estas empresas empregarem derivativos para mitigar os efeitos desta oscilação, em seu caixa.

O termo “derivativos”, já informa que os produtos se referem a contratos que se derivam de ativos. Complementando que esses mesmos ativos podem ser de várias naturezas, como por exemplo:

  • Uma ação;
  • Um commodity;
  • A própria inflação acumulada em um período específico;
  • A taxa Selic ou seja, toda e qualquer indexador que possua um reflexo econômico.

Os derivativos são assim classificados:

1 – Contrato a Termo: configura uma das modalidades mais usuais. Ele permite à empresa estabelecer uma marcação (Trava) à cotação de qualquer moeda, ou outro ativo como uma commodity, em um determinado valor para ser pago em uma data futura;

2 – Contratos de Swap: facilitam a possibilidade de a empresa trocar o indexador de seu contrato de dívida, que seria o fator utilizado como base de cálculo para cobrança do empréstimo. Em termos objetivos, isso implica que, por exemplo, uma empresa pode trocar o seu risco que está atualmente com exposição cambial, para uma taxa de juros reais, pré ou pós fixada.

3 – Opções: possibilitam que a empresa tenha o direito de comprar ou vender um ativo específico, por um preço pré-determinado, em data futura. Para se utilizar do mercado de opções, a empresa precisa pagar um prémio logo no início da operação.

4 – Contrato Futuro: são contratos de compra e venda que seguem uma padronização, objetivamente sobre as características do produto negociado, conforme regulamentação da bolsa. O mesmo possibilita que se rentabilize o capital de forma alavancada, podendo servir também de instrumento de proteção financeira.

Para facilitar nossa visão sobre derivativos, trago alguns exemplos abaixo:

– SOJ: contrato derivado do preço da soja;

– DOL: contrato derivado do preço do dólar;

– IND: contrato derivado do índice Bovespa; – PETRF17: contrato derivado de ações da Petrobras;

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O mercado de derivativos surgiu então, com o objetivo de mitigar riscos financeiros, frutos do movimento da economia.

Sugiro muita cautela no uso desses contratos, porque exigem muito conhecimento sistêmico.

Possíveis erros, podem acarretar perdas financeiras consideráveis. Logo, sua utilização deve ser feita por investidores com experiência e certificação, a fim de minimizar seus riscos e maximizar seus resultados, ao utilizar essa estratégia em seu fluxo de caixa.

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Respostas de 4

  1. Boas e adequadas informações para reforço do conhecimento de novos profissionais e investidores.

  2. Excelente explicação, meu amigo! Dando uma visão geral no mercado de derivativos de uma forma bem simples. Continue sempre nos ajudando e nos orientando nesse mundo do mercado financeiro.

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