Com o título “Escolas sem celulares”, eis artigo de João Teles, professor e historiador, integrante do Projeto Confraria da Leitura. Ele aborda a polêmica em torno da proibição do celular nas escolas.
Confira:
Com relação ao destacado tema – Celulares nas Escolas, em debate no país inteiro, o especialista Jhonatan Almada, sugere:
“1. Modificar o regimento escolar e incluir as previsões da lei;
2. Conversar com os estudantes e pais, explicando as razões da lei;
3. Expor a lei, em local visível;
4. Convidar um pesquisador, que possa fazer uma palestra aos professores, como formação continuada;
5. Realizar um Dia de Conscientização, sobre o excesso de telas, com os estudantes, para engajamento; isso pode ser incluído como atividade permanente, no Calendário Escolar.”
Ou seja, a escola terá que ter muita paciência e sabedoria, para conduzir esse processo; não é fácil lidar com muitas cabeças, com pais devidamente armados, por influência de igrejas e políticos, querendo confronto com escolas e professores, que apenas estão fazendo o seu papel.
A tecnologia está aí, veio para ficar e não adianta brigar com ela. Alias, ele deve ser aliada, tanto da escola, como de professores e alunos, desde que devidamente acompanhada e seu uso monitorado. Como se diz, “Internet não é terra de ninguém!” e assim sendo, deve ser usada com sabedoria e discernimento, para que se transforme em ferramenta importante, de engrandecimento do homem.
A escola é um local sagrado de aprendizagem e de (ricas) relações humanas. Logo, não pode dar total espaço à máquina, para que esta possa exercer o papel motivador de saberes. Não. Isso, não. Isso é com a Unidade de Ensino.
Portanto, famílias, escolas, gestores, professores e alunos, precisa sentar um pouco, para uma conversa sobre essa novidade, que de nova quase nada tem, uma vez que a parafernália do mundo hodierno, nos rodeia e nos auxilia, faz tempo.
E tem mais um porém: os professores não tem tido formação ou tem tido formações capengas, que nada ou pouco tem trazido aos mestres, em se falando de subsídios. Se professor ganha mal e é mal formado, porque então não começar a mudar a realidade, a partir desses gargalos históricos?
Assim, desse modo, Camilo Santana, tem/terá uma tarefa hercúlea (e muito dever de casa), para mudar, transformar essa realidade tão desafiadora, tanto para ele, como para sua equipe, no MEC.
Trabalho e desafio, não vão faltar.
Ao trabalho e boa sorte.
*João Teles
Professor, historiador e integrante do Projeto Confraria da Leitura.