Espetáculo Preta Rainha tem nova temporada em Fortaleza

O espetáculo solo exalta a negritude. Foto: Luciano Gomes

O espetáculo Preta Rainha, solo autobiográfico da bailarina Wilemara Barros, retorna em nova temporada a Fortaleza. A estreia será neste sábado, no Centro de Umbanda Caboclo Sete Estrelas, às 19 horas. No dia 26 de abril, o Teatro Dragão do Mar recebe uma segunda apresentação de Preta Rainha, às 19h30, em homenagem ao Dia Internacional da Dança. No mês de maio, o espetáculo vai circular por duas cidades do interior cearense.

Com o tema “Encontro Dialógico: Dissecando Mulata e Preta Rainha”, Wilemara Barros esmiuça, na teoria e na prática, as construções coreográficas dos dois espetáculos, em companhia do coreógrafo Fauller, durante a oficina. Juntos, dividem diversas provocações e reflexões com o público. Na parte prática, abordam questões como: qualidades de presença, estrutura coreográfica e exercício de fala.

Preta Rainha parte do mergulho íntimo da artista em sua história e traz memórias e reflexões construídas no palco e fora dele. Dança, canto, percussão e espiritualidade se entrelaçam compondo a obra que vibra identidade, resistência e pertencimento. Com direção de Fauller, coreógrafo e fundador da Cia. Dita, o espetáculo convida o público a uma escuta sensível e profunda sobre o corpo negro, suas possibilidades e sua presença na cena da dança. “O projeto se apresenta como um gesto de autoconhecimento, ancestralidade e resistência”, fala o diretor.

Oficinas

O projeto inclui, ainda, três oficinas com Wilemara Barros, em Fortaleza e no interior. A primeira delas, no dia 23 de abril, acontece no Theatro José de Alencar, como parte da programação oferecida pelo Teatro Escola do TJA.

As inscrições estão abertas e podem ser feitas através deste link.

São apenas 25 vagas, preenchidas por ordem de inscrição.

O Espetáculo

No espetáculo Preta Rainha, Wilemara Barros revisita suas memórias e mergulha em uma trajetória construída ao longo de cinco décadas dedicadas à dança, mostrando no palco sua herança cultural e ancestral. Em um movimento de autorreconhecimento, a artista remora feridas abertas da infância, abraça os pequenos privilégios de ser uma mulher negra não retinta, com formação artística, e uma vida sem violência doméstica e hipersexualização — situações que são realidades consistentes para muitas meninas negras da periferia do Brasil.

Ao longo da sua trajetória na dança, Wilemara, uma artista nordestina, periférica e negra, firma seu lugar no cenário da dança. Suas próprias experiências e pesquisas acrescentaram profundidade a temas como negritude, empoderamento, pertencimento e lugar de fala, tópicos que permeiam sua prática artística e pedagógica.

SERVIÇO

*Centro de Umbanda Caboclo Sete Estrelas – Rua Olímpio de Paiva, 3829 – Carlito Pamplona)
Horário: 19h

*Teatro Dragão do Mar – Rua Dragão do Mar, 81 – Praia de Iracema
Horário: 19h30

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