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“Essa tal felicidade”

Maurício Filizola é empresário e diretor do Sincofarma/CE.

“Cristóvão Buarque até tentou, em 2010, garantir, em lei, a busca pela felicidade. Brasília barrou. Não era prioridade”, aponta em artigo o empresário Maurício Filizola. Confira:

Se você leva tudo muito a sério e vive à beira de um ataque de nervos, é melhor rever os seus conceitos. Porque, no fim das contas, ser feliz é o que mais importa.

Eu já desconfiava muito disso. E uma pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais acaba de apontar que gente satisfeita com a própria vida tem menos problemas cardíacos. Em contrapartida, os borocoxôs – aqueles ranzinzas, desgostosos, acabrunhados, estressados – têm muito mais chances de morrer do coração.

É que, principalmente após a Revolução Industrial, a vida humana quebrou antigos paradigmas. Passamos da subsistência para o acúmulo. Da contemplação para a competição. E tudo tem um preço. Ou, como diria Zeca Baleiro, “Nada vem de graça. Nem o pão. Nem a cachaça”.

Pautamo-nos pelo vil metal e padecemos, mensalmente, na corrida viciosa dos boletos. Nisso, ironicamente, ao tempo em que dizemos que estamos ganhando a vida, perdemo-la, aos poucos. Pela tensão, pela pressão, pela exaustão de nossas rotinas.

Muitos dizem que a felicidade é uma utopia. Aquele tipo de coisa que a gente persegue ao mesmo tempo em que ela se distancia. E que o máximo que a gente consegue, segundo os mais céticos, são momentos felizes. Mas a tal felicidade, em seu estado mais puro e constante seria, portanto, impraticável. Cristóvão Buarque até tentou, em 2010, garantir, em lei, a busca pela felicidade. Brasília barrou. Não era prioridade.

O estudo da UFMG ouviu 10 mil brasileiros para os quais foi demonstrada uma Escala de Satisfação com a Vida, que continha cinco afirmativas em que os participantes deveriam respondem por meio de uma numeração que variava de 1 (discordo totalmente) a 7 (concordo totalmente).

As respostas apresentadas eram as seguintes: 1) Na maioria dos aspectos, minha vida está próxima do meu ideal. 2) As condições da minha vida são excelentes. 3) Estou satisfeito com a minha vida. 4) Até hoje, consegui as coisas mais importantes que desejo na vida. 5) Se pudesse viver a minha vida outra vez, não mudaria nada.

Após, análises de todas as respostas, o diagnóstico da pesquisa foi de que a satisfação com a própria vida pode gerar mais adesão a hábitos saudáveis, como alimentação e atividade física, e que se sentir feliz pode diminuir problemas cardiovasculares.

Enfim, é melhor mesmo ser feliz do que ter razão.

E, agora, a própria razão (a ciência, os números) comprova essa tese.

Maurício Filizola é empresário e presidente do Sincofarma-CE

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