No Ceará, em maio último, clínicas médicas, cursinhos e escolas ficaram entre as empresas que mais geraram emprego com carteira assinada. Estas e outras atividades classificadas como “serviços” ainda criaram seis de cada 10 novos postos de trabalho abertos. Ao todo, foram 5.769 novas vagas formais. O setor Serviços respondeu por 3.256 delas.
Segundo o Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), do Banco do Nordeste (BNB), o estado segue o mesmo movimento registrado em toda a Região, onde serviços responderam por 45% das vagas abertas com 21.092 oportunidades de todas as 45.888.
De acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), todos os cinco setores acompanhados pelo Etene apresentaram saldo no Nordeste: agropecuária (4.359), indústria (9.272), construção (5.971) e comércio (5.195), além de serviços. Os valores são calculados subtraindo o número de demissões do total de admissões do mercado formal.
“Pelo quinto mês consecutivo, em 2025, serviços e construção apresentaram saldo de empregos formais positivo no Nordeste. Especificamente no Ceará, a atuação dessas atividades vem contribuindo para a formação do estoque de empregos no decorrer de todo ano de 2025. Paralelamente, esse comportamento do mercado de trabalho no estado é reflexo do resultado de crescimento da economia cearense, em que, o PIB do Ceará no 1º trimestre de 2025 avançou 4,18%, resultado superior à média do PIB nacional (+2,9%), segundo dados do IBGE”, afirma a pesquisadora Hellen Cristina Rodrigues Saraiva Leão, do Etene.
Outras áreas
No caso da construção civil, o saldo entre dispensados e contratados com carteira assinada foi de 1.462 vagas, no quinto mês do ano. Os demais setores geraram 249 (agropecuária), 276 (indústria) e 526 vagas (comércio).
Outro destaque a pesquisadora faz é em relação ao salário médio de admissão no Ceará, que foi de R$ 2.060,13 em maio, superior à média regional (R$ 1.919,53). O resultado representou aumento em 4,21% em relação a abril, considerando maior variação entre as 27 unidades federativas do País, no período em análise.