“Eu sou praticamente uma analfabeta que sempre teve vontade de escrever. O livro Tropeços da Vida, na verdade, são minhas memórias, nascidas de algo que vivia martelando na minha cabeça e que só sossegaram quando eu coloquei pra fora. Era algo que mexia muito comigo”, conta emocionada Edite Araújo.
Ela foi surpreendida pelos filhos que lhe deram de presente a publicação de seu primeiro livro autoral, um romance inspirado na história de vida que ela levou anos para concluir.
“No meu aniversário, eles deram esse presente pra mim. Nunca imaginei que as coisas escritas em meu caderno fossem transformadas em um livro impresso. Foi uma audácia deliciosa”, conta emocionada.
Aos 79 anos, Edite Rocha Araújo possui dois poemas infantis publicados na antologia poética Poesiarte, organizada pela escritora Rosalina Moraes, e o seu primeiro livro infantil, “O leãozinho construtor”, está em processo de editoração para lançamento ainda em 2024. “Depois do Tropeços da Vida, surgiu um convite para eu escrever poemas que seriam publicados em uma antologia. As poesias são coisas da minha cabeça mesmo, de coisas que eu vivi quando era criança”, explica a escritora.
Os poemas: Formiga de Roça e O gato Chicó foram publicados em 2021, na antologia poética “Poesiarte com as Infâncias 1: Poemas para Bebês e Crianças”, organizada por Rosalina Moraes. Edite Araújo participa, ainda, da antologia “Poesiarte com as Infâncias 2: Poemas para Crianças desde Bebês”, organizada por Rosalina Moraes e Socorro Araújo, lançada no último dia 20 de março, na BECE. “Essa artesania literária foi cuidadosamente tecida com fios de sonhos, memórias e fantasias por quarenta e nove autores, que debulham seus versos pelas páginas do livro, convidando crianças e adultos à experiência do maravilhamento com a poesia. Obra dedicada às crianças e às infâncias, consideradas nas suas singularidades e pluralidades”, explica a escritora Rosalina Moraes, pedagoga Mestra e Doutora em Educação.
A obra pode ser adquirida pelo Instagram https://www.instagram.com/infanceiria/
FOTÓGRAFA SHEILA OLIVEIRA LANÇA A OBRA “SABERES E FAZERES – UM OLHAR PARA A EDUCAÇÃO INDÍGENA E QUILOMBOLA NO CEARÁ”
Ancestralidade e educação em fotografias e textos. Na obra recém lançada da fotógrafa Sheila Oliveira, encontramos a valorização e preservação de memórias, saberes e a reafirmação das identidades étnicas no Ceará. O livro é um registro iconográfico inédito e conta com a coordenação editorial de Patrícia Veloso, texto de apresentação de Cláudia Leitão e Rona Hanning.
“O projeto é uma documentação das práticas pedagógicas e relações sociais e culturais vivenciadas em catorze escolas de comunidades Indígenas e Quilombolas no Ceará, reunindo as experiências educacionais com propostas e diretrizes diferenciadas, que assumem um importante papel na valorização e preservação de memórias, saberes e na reafirmação das identidades étnicas” explica Sheila Oliveira.
A autora nasceu em Itapipoca e iniciou as primeiras experiências com fotografia aos dezesseis anos. Participou de exposições coletivas e individuais no Brasil e exterior, tendo sido agraciada com o Prêmio de Fotografia Chico Albuquerque e o prêmio do Edital das Artes, da Secretaria da Cultura de Fortaleza, além de diversas publicações em revistas nacionais e internacionais.
O livro apresenta uma narrativa visual entrelaçada entre ancestralidade e educação, contada a partir do ponto de vista dos líderes das comunidades Indígenas e Quilombolas, uma linguagem original que sustenta e embasa o modo de vida, suas crenças, perspectivas e modos de vida, captados cuidadosamente pela fotógrafa. “A educação Indígena e Quilombola, vivenciada em escolas com espaços, currículos e práticas específicas, é um direito dessas comunidades previsto na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira. Essas modalidades de ensino são pautadas por vivências pedagógicas fundamentadas no reconhecimento e na valorização da diversidade cultural dos povos indígenas e remanescentes quilombolas, exaltando suas memórias, as relações com a terra, as atividades produtivas, os modos de organização coletiva, conhecimentos, saberes e o respeito às suas matrizes culturais”, explica Sheila Oliveira.
ETERNO OSWALD BARROSO
Um pelejador que inspirou milhares de escritores, atores, folcloristas e tantos outros profissionais da cultura cearense. O Brasil se despediu, na última sexta-feira (22/03/24), de um dos seus maiores pesquisadores, dramaturgos e professores na área da cultura popular e do teatro.
Vi o Oswald pela última vez na Bienal Internacional do Livro no Ceará, em 2022, quando eternizamos o encontro nesta fotografia; eu, ele e o escritor, editor e produtor cultural, Raymundo Netto. Fica o legado. Saudades.
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Que maravilha saber de Edite Araújo e aos 79 mostrar ao mundo que além de gerar vida humana e árvores, gera também livros que florescem com suas histórias e poesias. Nunca é tarde para escrever o que pensa em favor da Paz e é o que o mundo mais precisa.
Que história linda a da D. Edite!