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Exportações de aço e alumínio para os EUA devem cair 11,27%, diz Ipea

Brasil é o segundo exportador de aço para os EUA. Foto: Reprodução

Nota técnica publicada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), nessa quarta-feira, avalia que a taxação de 25% dos Estados Unidos para a importação de aço e alumínio “poderá ter impacto importante sobre o setor de metais ferrosos no Brasil”. O instituto prevê queda de 2,19% na produção, contração de 11,27% nas exportações e redução de 1,09% nas importações.

Em termos absolutos, a tarifa poderá causar a perda de 1,5 bilhão de dólares nas exportações, ou cerca de R$ 8,7 bilhões no câmbio atual. Em volume comercializado, a diminuição pode chegar a 1,6 milhão de toneladas de aço e alumínio.

O Ipea assinala que “o mercado norte-americano afeta diretamente mais de 10% do faturamento do setor. E a dependência deste mercado é ainda maior no caso dos produtos semiacabados (placas e lingotes), visto que cerca de 90% das vendas brasileiras para os EUA concentram-se nesses produtos.”

Impacto insignificante no PIB

Os Estados Unidos são o principal mercado externo para o aço brasileiro e, apesar de números e percentuais superlativos das exportações, a projeção do Ipea vê baixo contágio para outros setores.

No conjunto da economia, “o impacto no Brasil seria insignificante”, descreve a nota técnica. Segundo o Ipea, o efeito poderá ser de “queda de 0,01% do PIB e de 0,03% das exportações totais”.

Ainda que preveja efeitos minorados, o Ipea recomenda diálogo e ponderação na reação do Brasil. “Negociar é, com certeza, a melhor opção, até porque o Brasil pode utilizar o argumento de que os EUA registram superávit no comércio com o Brasil.”

Em sua nota técnica, o instituto ainda trata de eventuais represálias brasileiras contra os EUA. “Quanto a uma eventual retaliação, na forma de restrição às importações dos EUA, é preciso ter muita cautela e avaliar cuidadosamente seus impactos.”

Diálogo

Os produtos estadunidenses de maior volume importado pelo Brasil são fertilizantes e compostos nitrogenados, “a ordem de 20% a 30% das exportações norte-americanas em 2022-2024”, além de coque (combustível derivado da hulha) e carvão, cerca de 10% das exportações dos EUA para o Brasil.

Contudo, maiores tarifas sobre estes produtos poderiam aumentar o preço doméstico destes que são insumos importantes para a produção agrícola e para a própria indústria siderúrgica.”

Antes da avaliação do Ipea, o Instituto Aço Brasil e a Confederação Nacional da Indústria (CNI) publicaram notas em que assinalam que o diálogo poderá reverter a decisão dos Estados Unidos.

(Agência Brasil)

Eliomar de Lima: Sou jornalista (UFC) e radialista nascido em Fortaleza. Trabalhei por 38 anos no jornal O POVO, também na TV Cidade, TV Ceará e TV COM (Hoje TV Diário), além de ter atuado como repórter no O Estado e Tribuna do Ceará. Tenho especialização em Marketing pela UFC e várias comendas como Boticário Ferreira e Antonio Drumond, da Câmara Municipal de Fortaleza; Amigo dos Bombeiros do Ceará; e Amigo da Defensoria Pública do Ceará. Integrei equipe de reportagem premiada Esso pelo caso do Furto ao Banco Central de Fortaleza. Também assinei a Coluna do Aeroporto e a Coluna Vertical do O POVO. Fui ainda repórter da Rádio O POVO/CBN. Atualmente, sou blogueiro (blogdoeliomar.com) e falo diariamente para nove emissoras do Interior do Estado.

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