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“Farofa insossa”

Fabrício Moreira Costa é advogado e contista

Em artigo sobre a importância do papel da imprensa, o advogado e contista Fabrício Moreira Costa alerta para futilidades que podem desvirtuar o que de fato poderia interessar ao país. Confira:

Acompanho um costume familiar que é acordar bem cedo, todos os dias, até mesmo antes dos primeiros raios do sol. E lembro dos ensinamentos de Dona Maria Neyle, minha mãe, que sempre afirmou: “Deus ajuda quem cedo madruga”.

Pois bem; às 4h ou 5h da matina me ponho de pé. Antes de fazer o café no bule bem à moda antiga e colocar as xícaras sobre a mesa, dou um passeio na leitura pelos jornais locais, como O Povo, Repórter Ceará, Diário e O Estado e, em seguida, aos nacionais como a Folha, o G1, Correio Brasilense, idem, colunas; Macário Batista, Eliomar de Lima, Roberto Moreira, Carlos Mazza, Érico Firmo, Vera Magalhães, Reinaldo Azevedo, Inácio Aguiar, Cláudio Teran, blogs e revistas, citando alguns.

Mais recentemente, pelos grupos de WhatsApp também; de futebol à política; polícia, justiça e internacional; e do cotidiano de forma geral.

Nos primeiros momentos é uma leitura rápida para saber os fatos e eventos que nos envolvem enquanto ser político, lógico, no sentido amplo da expressão para o dia já em curso.

Às 7h, com o café e os pães servidos, chega a vez do rádio nas vozes de Donizete Arruda, Luzenor de Oliveira, Antônio Viana, Carlos Silva, Luiz Vasconcelos, etc, onde eles nos passam um balanço geral dos bastidores do poder no Ceará, direto do Palácio da Abolição à Assembleia Legislativa.

A imprensa está adredemente ligada à democracia, inclusive, ao conhecimento e ensinamentos das diversas temáticas postas às nossas vidas.

Porém, sabe-se que atualmente estamos passando por um momento muito ruim com a chegada das fake news que confundem os leitores e também pela falta de conteúdo, bons textos, temas, debates e discussões como no passado não muito longe, com exceção dos citados acima e outros poucos.

Não sei se o curso de comunicação social perdeu o bom nível acadêmico ou são os alunos e os editores das redações que são os medíocres.

Fiz um longo preâmbulo, pois há três ou quatro dias, sem qualquer conteúdo e importância, os grandes noticiosos locais e nacionais, pasmem, publicam e repercutem toda hora a tal influencer conhecida por Géssica Kayane, que tem como maior mérito na vida a realização de uma tal de FAROFA DA GKAY, que reúne três centenas de inúteis para brincar no Marina Park, em Fortaleza, de beijar na boca, dançar, ter longos amassos e disputar quantos “pegaram” em uma só noite.

Se a imprensa continuar com a Gkay todos os dias, creio eu, que doravante deverá até mesmo ofuscar as decisões mais importantes para o país, e que de fato interessa à população.

Fabrício Moreira da Costa é advogado e contista

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