“Feitas para durar ou mudar?”

Com o título “Feitas para durar ou mudar?”, eis artigo de Ernesto Antunes, consultor empresarialdo sebrae e Senai/CE. Ele aborda o futuro das empresas num mercado em constante mutação. Confira:

Ao visitar uma das poucas livrarias na cidade em um shopping, um livro com o sugestivo título “A Nova Gestão” me chamou atenção, pois, na sua capa, estava como ilustração um belo lagarto esverdeado que segundo o autor, representa adaptabilidade, regeneração e transformação.

Ao ler o referido livro de Eduardo Gomes de Matos, consultor empresarial renomado, um tópico me chamou atenção, pois questionava o modelo atual dos negócios, em relação a longevidade das empresas, onde afirmava categoricamente que as melhores empresas não são mais necessariamente as que duram e sim as que tem maior capacidade de mudança. Fiquei refletindo sobre essa afirmação e cheguei à conclusão de que o autor tem razão, pois se nesse novo mercado que impera a competitividade em vários níveis, as empresas que não se adequarem a essa nova arena competitiva, certamente não terão vida longa.

Vale ressaltar que esse cenário precisa ser entendido por todos os envolvidos no negócio, onde fornecedores, clientes, parceiros e até a sociedade, precisam ficar atentos a essa mudança, principalmente com a inserção no mercado da geração Z, que são os nascidos a partir dos anos 2000. Essa geração é hiper cognitiva, captando o espírito do tempo, entendem o novo e transformam tudo que podem, exigindo que os players do mercado, entendam essa tendência e ofereçam uma resposta rápida e adequada, nessa arena mercadológica cada vez mais complexa.

Outra abordagem importante do livro é que a nova gestão visa mostrar que as melhores empresas não são as com maiores estruturas físicas, mais aquelas que possam ter maior agilidade nos processos, permitindo que seus produtos e/ou serviços cheguem no momento certo, nas condições desejadas ao cliente certo, como apregoa uma boa logística, que foca a satisfação do cliente. Se possível busque o encantamento, ou o seu cliente não será mais fiel.

Tudo isso leva a crer que as mudanças constantes que estão ocorrendo, aceleradas com a pandemia que passamos, mostra que cada vez mais precisamos ter resiliência e poder de mudar quando for necessário, seja em relação ao nível Estratégico, Tático e Operacional. O próprio autor fala que essa mudança é decorrente de novos modelos de gestão, que priorizam no seu time de colaboradores, o desempenho, performance e produtividade como forma de remuneração, onde os resultados auferidos são provenientes do esforço de cada um dos “sócios”, gerando um ganho qualitativo para todos os envolvidos.

Além disso, essas mudanças se tornam corriqueiras e cultural na instituição, onde é bem definida na frase do guru Peter Drucker: “A melhor maneira de prever o futuro é criá-lo.”

*Ernesto Antunes

Consultor Empresarial do Sebrae e Senai/Ceará.