“Tem noção e consciência plena de suas responsabilidades e do elevado valor do mandato que lhe foi conferido pelo povo”, aponta o jornalista Barros Alves. Confira:
O plenário de um Parlamento é, mal comparando, um sacrário da democracia representativa. Porque o Parlamento em um país onde se respeite minimamente os princípios e valores que dão sustentação ao Estado de Direito democrático, é uma espécie de santuário. O Plenário, ainda outra vez mal comparando num exercício de liberdade literária, seria o “santo dos santos”, um local eminentemente sagrado. Uma sacralidade que pressupõe a ampla e irrestrita liberdade de expressão e de discussão de quaisquer temas, postos em pontos e contrapontos que visem enriquecer o debate e busque encontrar soluções do poder público no atendimento às sentidas reivindicações da sociedade.
O deputado Felipe Mota, um dos nomes mais capacitados para o desempenho parlamentar entre os eleitos na atual legislatura, tem noção e consciência plena de suas responsabilidades e do elevado valor do mandato que lhe foi conferido pelo povo. Escolheu assentar-se na bancada de oposição ao governo do Estado, empreendendo uma tarefa cujo desiderato é tão-somente o atendimento ao anseio daqueles que o elegeram e, por extensão, é claro, de todo o povo cearense, consciente de que o fazer político não é um jogo de intriga, de inveja, de maledicências, de arrazoados estéreis. Igualmente a Rui Barbosa, o deputado Felipe Mota sabe, – e disto tem dado boa mostra -, que a Política é a arte-ciência da busca do bem comum em face das exigências da sociedade.
Orador fluente, firme nas posições e sempre arrimado no conhecimento dos temas que aborda na tribuna legislativa, Mota dá o mote (com o perdão do trocadilho) e o tom de como se deve fazer oposição com altivez e responsabilidade, verbalizando a crítica que ainda sendo contundente, visa curar as feridas do serviço público sob governança de incompetentes ou desleixados com o uso dos dinheiros públicos. Ao bom oposicionista convém manter a serenidade, mas sem desvestir-se da desconfiança, posto que como afirmava à saciedade o jornalista Isaac Feinstein Stone, “todo governo é mentiroso.” Conhecedor do pensamento de Stone e com a experiência de haver ocupado vários cargos no serviço público e na seara privada, Felipe Mota até aqui tem exercido o mandato parlamentar com proficiência e destemor. Que assim seja até o fim. Et nunc et semper!
Barros Alves é jornalista e poeta