Com o título “FelipeTiago Gomes: a força de um ideal”, eis artigo de Irapuan Diniz de Aguiar, advogado e professor. Ele aborda o trabalho do fundador de uma organização importante no plano da educação no País: a CNEC.
Confira
Com o propósito de inserir a CNEC – Campanha Nacional de Escolas da Comunidade, no contexto da educação brasileira, porquanto ainda não dimensionada por alguns, de sua importância e significação
histórica, o professor-doutor José Lima Santana, vice-presidente de educação da entidade, publicou um livro intitulado “Os que têm mais riso e menos pranto” em que nos presenteia com um alentado estudo
sobre a educação, desde suas primeiras manifestações, abrangendo a antiguidade, as idades média, moderna e contemporânea, até sua chegada ao Brasil e o nascimento da Campanha nos seus 81 anos de
existência, consolidando a força do ideal de seu fundador, o grande Felipe Tiago Gomes.
Nesse sentido, destaca o autor no seu livro que “quando os ideais nascem da conjugação mente/coração, quando a razão dá os braços ao sentimento, os frutos são facilmente perceptíveis. Foi assim mesmo que
aconteceu com a Campanha. O ideal despertado no coração do jovem Felipe e aconchegado no coração de cada um dos seus companheiros e de outros que a eles foram se somando tinha força suficiente para
expandir-se e florir como a mais bela flor que, num jardim ressequido, floresce de forma a contagiar pela beleza e pelo perfume. Num país em que os poderes públicos não tinham despertado para ministrar o ensino secundário que pudesse servir a todos que não tinham condições de custear os estudos, a ideia de levar este nível de ensino gratuitamente aos diversos rincões do país a começar pelo Nordeste, e cuja primeira semente foi lançada no porto da capital pernambucana era uma bênção”.
No Ceará, como em outros Estados, o legendário Felipe Tiago Gomes conquistou adeptos, farejou dedicações, descobriu idealistas, buscando na figura do inesquecível ex-governador e ex-senador Paulo
Sarasate, mercê de suas virtudes morais e cívicas, uma parceria encontrando no saudoso cearense o receptáculo e a mão poderosa que havia de, em momento crítico da Campanha, ser sua mola propulsora e estimuladora. De igual modo, tantos outros ilustres conterrâneos se empolgaram e se somaram ao idealismo de Felipe, dentre estes e probidade e honradez do Comendador Luiz Sucupira. A semente plantada viabilizou que, em determinado período, o Ceará tivesse 84 Unidades Cenecista, com algumas escolas de referência na Capital, dentre as quais os Colégios Arminda de Araújo, João Pontes, Júlia Jorge,
Demócrito Rocha e Carolina Sucupira.
Superando todos os obstáculos, inclusive os danosos efeitos da pandemia, a CNEC se apresenta viva, atuante e crescente graças a sua reestruturação e estratégia montadas por sua Diretoria, liderada pelo
presidente Alexandre Santos, permanecendo como uma instituição qualificada no cenário educacional brasileiro, contando, atualmente com 68 escolas, 12 faculdades, 2 Centros Universitários, 18.238
estudantes e presença em 15 Estados da Federação, além do Distrito Federal.
*Irapuan Diniz de Aguiar
Advogado e professor.
P.S. O titular do Blog do Eliomar foi aluno cenecista. Estudou no Colégio Júlia Jorge, em Fortaleza. De onde saiu direto para duas faculdades.