“Uma espécie de célula-mãe de todo conhecimento gerado no estado”, define o jornalista e professor Ronaldo Salgado. “Um papel muito grande na vida econômica, política e cultural do Ceará”, afirma o médico e ex-presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE), João de Paula. “Se não existisse UFC, o Ceará estaria atrasado 70 anos”, assegura o engenheiro civil e professor César Aziz Ary. Esses são alguns dos depoimentos presentes no longa-metragem 70 anos da Universidade Federal do Ceará, documentário que estreia no dia 7 de janeiro, às 19 horas, no Cineteatro São Luiz, em Fortaleza.
Idealizado pelo reitor Custódio Almeida e o cineasta Wolney Oliveira, o filme encerra o ciclo comemorativo dos 70 anos da UFC. Apresentado pelo Ministério da Cultura e Lei Rouanet, o longa-metragem tem o patrocínio de SP Combustíveis e Cagece. Apoio cultural: Enel e Cegás. Apoio Institucional: Mecenas do Ceará, Secretaria da Cultura (Secult Ceará) e Secretaria das Cidades. A realização é da Associação Cultural Cine Ceará, Universidade Federal do Ceará, Lei Rouanet, Ministério da Cultura e Governo Federal.
Com direção de Joe Pimentel e Wolney Oliveira, o filme traz um resgate histórico da instituição, ao mesmo tempo em que reafirma o seu protagonismo no desenvolvimento do estado nos campos econômico, político, social e cultural.
Momentos marcantes da universidade, como fatos referentes à ditadura militar, às passeatas ocorridas nos anos de 1970 e 1980, às homenagens concedidas ao longo de sete décadas e à interiorização do ensino superior são revisitados por meio de documentos, fotografias, vídeos e depoimentos de mais de 40 personalidades, que têm ou tiveram suas vidas ligadas à UFC.
Nomes como o da professora e jornalista Adísia Sá, do sociólogo e professor emérito da UFC Eduardo Diatahy, dos arquitetos e professores Neudson Braga e Romeu Duarte, do sociólogo e professor André Haguette, do presidente da Enel e ex-aluno da UFC, José Nunes, endossam a presença marcante da universidade nos mais diversos campos.
Como linhas condutoras dos fatos relatados, entram depoimentos do jornalista e servidor da universidade Marco Fukuda e do jornalista e escritor Lira Neto, este último autor do livro UFC: biografia de uma universidade, lançado em outubro deste ano, também como parte das ações alusivas aos 70 anos da instituição.
Acerca do início da primeira universidade do estado, fundada por Antônio Martins Filho, o escritor Lira Neto, que é ex-aluno da UFC, destaca: “Ainda não havia a compreensão de que o ensino superior não era algo ligado ao beletrismo, mas uma instituição que surge a partir de uma proposta de contribuir para o desenvolvimento local”. Sobre o fundador e primeiro reitor, a jornalista Adísia Sá pontua: “Martins era inteiro. Ninguém pode falar no Ceará, na educação, na universidade, no saber cearense, sem falar em Martins”.
A criação da Pró-Reitoria de Cultura da UFC pela atual gestão da universidade, que tornou a cultura um eixo estruturante da instituição, é um dos capítulos da história mais recente destacados no documentário. Nas palavras do reitor Custódio Almeida: “Cultura é um atravessamento. Não é simplesmente uma área que fica ao lado das outras, mas uma área que atravessa todas as outras. É um fio que perpassa tudo e a universidade precisa disso”.
Sinopse
O documentário apresenta a trajetória da Universidade Federal do Ceará, sétima universidade pública de ensino superior criada no Brasil e a grande pioneira no estado do Ceará. Celebra o marco dos seus 70 anos de existência e evidencia sua imensurável e extensa contribuição social, intelectual, econômica e cultural, apresentando ao grande público suas histórias, personalidades, feitos e contribuições.
SERVIÇO
*Cineteatro São Luiz – Rua Major Facundo, 500, Centro, Fortaleza
*Gratuito e aberto ao público.
(Com informações da assessoria de imprensa do evento)
