Fortaleza, Ceará, Iguatu e a racionalidade no simbólico – Por Luiz Henrique Campos

Legenda: Anápolis bate Iguatu nos pênaltis e conquista acesso à Série C – Crédito. Reprodução

A magia que o futebol traz em si é mesmo espetacular. Os 90 minutos de uma partida, com a toda catarse envolvida, por mais que o apito final dê por terminado o jogo, ainda consegue produzir estados animicos com duração indefinida, ou pelo menos, até a outra peleja.

Foi assim que a rodada do final de semana retrasado deixou os torcedores cearenses com um grau de otimismo alto em relação aos clubes estaduais que ainda almejavam alguma coisa nessa temporada. O Fortaleza, por exemplo, venceu o Corinthians e assumiu a liderança da Série A, ganhando generosos espaços na mídia esportiva nacional.

Já o Ceará, ao derrotar o Novo Horizonte por 1×0, abriu no seu torcedor um largo sorriso a traduzir a esperança de voltar à Série A em 2025. Não menos importante foi o empate do Iguatu contra o Anápolis, na casa do adversário, pelas quartas de final da série D, trazendo a decisão para a cidade do centro sul do Estado, pelo acesso a Série C.

Uma semana depois, nenhum dos nossos três times venceu e aquela euforia diminuiu, revelando que também, assim como a arte, o futebol imita a vida.

Sim, porque da mesma forma que esses estados eufóricos são passageiros (ainda bem), a catarse futebolística se insere muito mais no contexto do simbólico, do que propriamente da razão.

De todo modo, se adiantar alguma coisa, a derrota do tricolor, analisada friamente, não foi um mal resultado se levarmos em conta a tabela, pois o time tem um jogo a menos que o Botafogo e está a apenas dois pontos atrás.

Com relação ao Ceará, poderia ter vencido o Amazonas. Jogou melhor no segundo tempo e teve chances de sair com os três pontos, mas continua em boa posição na classificação. E o Iguatu? Bem, sobre o Iguatu, perder o acesso nos pênaltis, é de fato um castigo, que nem a racionalidade explica.

Luiz Henrique Campos: Formado em jornalismo com especialização em Teoria da Comunicação e da Imagem, ambas pela UFC, trabalhei por mais de 25 anos em redação de jornais, tendo passando por O POVO e Diário do Nordeste, nas editorias de Cidade, Cotidiano, Reportagens Especiais, Politica e Opinião.

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