Com o título “Fortaleza na penumbra”, eis artigo de Irapuan Diniz de Aguiar, advogado e professor. Ele aborda uma medida que, embora simples, tem impactos no item da segurança pública da cidade.
Confira:
“Junto à sombra dos muros do forte, a pequena semente nasceu, em redor, para a glória do Norte, a cidade sorrindo cresceu”. Assim diz a letra do Hino de Fortaleza. Realmente a cidade nasceu, cresceu
e se desenvolveu sendo hoje uma grande metrópole. Infelizmente ‘a sombra’ dos muros do forte estão, hoje, presentes nas suas ruas e avenidas. É estranho que, sendo o Ceará a “Terra da Luz”, os ex-governantes de sua Capital, historicamente, não hajam priorizado ações para a iluminação das ruas e avenidas permitindo que as vias públicas, especialmente na periferia, ainda convivam com esta grave deficiência.
Não é dado a nenhum fortalezense desconhecer que a omissão do Poder Público municipal repercuta nos demais setores da administração com diretos reflexos insegurança pública. A cidade, como de resto, o Estado e o país, passa por momentos de conflitos e instabilidades internas reclamando, por isso mesmo, medidas para restaurar a segurança e a ordem de que se ressente a população indefesa. Assim, para facilitar o trabalho da polícia e evitar que marginais assaltem e pratiquem toda espécie de delito se escondendo nas vielas e locais sem claridade, se impõe a necessidade de se iluminar as ruas e avenidas. Apesar de ser esta uma providência básica que deveria constar em todo plano de governo nunca foi implementada pelo gestor municipal.
Um projeto óbvio como este, de indiscutível magnitude, se constitui, paradoxalmente, numa grande inovação. Retirar Fortaleza da penumbra, por conseguinte, é um desafio que, se enfrentado, transformará nossa capital na ‘Cidade Luz’ e, pela consequente visibilidade, consagrará e premiará o gestor que adotar e tornar realidade a louvável iniciativa. Ademais, uma nova iluminação pública dará vida às suas ruas e monumentos refletindo a imagem de uma cidade deslumbrante e moderna com suas luzes cintilantes, tornando-se um símbolo icônico frente às outras capitais nordestinas.
É, sem margem a dúvidas, um investimento alto, mas que dará um retorno administrativo, estético e político, porquanto, além de se revestir numa maior segurança da população, embelezará a cidade, e consagrará o prefeito de Fortaleza que adotar tal medida. Ao que parece, na gestão de Juraci Magalhães, um convênio foi celebrado, à época, com uma empresa francesa – Citiluz (?) – nunca renovado e/ou evidamente avaliado.
Com a palavra o prefeito Evandro Leitão.
*Irapuan Diniz de Aguiar
Advogado e professor.