Enquanto a cidade do Rio de Janeiro possui 547 assistentes sociais, segundo a Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos, Fortaleza aparece com apenas 17 assistentes sociais efetivados na Política Municipal de Assistência Social, segundo levantamento do Sindicato dos Assistentes Sociais do Estado do Ceará (Sasec).
Para piorar a situação, os profissionais na capital cearense estão entre os menores salários da categoria pelo país, com uma média de R$ 3,4 mil a um assistente social com mais de 20 anos de carreira em Fortaleza. Em recente edital da Prefeitura do Recife, o salário inicial do assistente social é de R$ 3,9 mil, com os benefícios.
Segundo a presidente do Sasec, Ravena Guimarães, desde a época do então prefeito Juraci Magalhães não há concurso para assistente social. A dirigente lamenta, ainda, a política de contratação temporária de assistentes sociais, por parte da Prefeitura de Fortaleza, quando profissionais são desligados com dois anos de serviço, tempo que começam a criar vínculo de confiança com pessoas em situação de rua ou famílias com vulnerabilidade social.
“Fortaleza é a oitava cidade no país com maior número de pessoas na vulnerabilidade social. Situação agravada pela falta de uma política municipal de assistência social”, apontou Ravena Guimarães.